Vilar de Mouros

HM-72 - Vilar de Mouros

Termalismo e Engarrafamento

CONCESSÃO

Vilar de Mouros

MORADA:
Rua Dr. Frederico Augusto Lourenço, 10 A - Sala 7, 4910-152 Caminha

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Viana do Castelo
Concelho - Vila Nova de Cerveira

ÁREA DA CONCESSÃO:
129,43 ha

DATA DO CONTRATO:
26-08-2015

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 89/2021, DR n.º 77, Série I de 21-04-2021

Concessionário

MDJ Ribas, Lda

Captação

MDJ3

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo e Engarrafamento

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Hipossalina
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Composição Secundária
Silicatada
Mineralização
Hipossalina
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 01/04/2019
Mineralização Total - 141 mg/L
pH - 6,3
Temperatura - 17,5 ⁰C
Condutividade Elétrica - 108 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 6,3
Temperatura emerg. - 17,6 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica: Série dos granitos hercínicos de duas micas sin-orogénicos.

mapa72

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:
  • Complexo Parautóctone - representado pela Unidade do Minho Central e Ocidental, composta por xistos ampelitosos e xistos andaluzíticos, psamitos e pelitos de idade Silúrico.
  • Granitos hercínicos de duas micas sin-orogénicos - granito de duas micas de grão médio, frequentemente com turmalina e concentrações biotíticas.
  • Rochas filonianas - filões de aplito-pegmatito, tardi-orogéncios.
TECTÓNICA:

A região é afetada por um conjunto de falhas de direção NNE-SSW a ENE-SSW e NNW-SSW coincidentes com o traçado de várias linhas de água, tal como o Regato das Amoladouras. Muitas têm origem profunda tendo rejogado em sucessivos episódios tectónicos, o que deu origem a um mosaico de blocos elevados e abatidos, que condicionaram a rede hidrográfica e toda a morfologia da região.

O contacto entre o maciço granítico da serra de Góis e os xistos encaixantes é feito provavelmente por falha de orientação aproximada N-S.

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

CARTA72

Adaptada da folha 1C Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1962 e da folha 1 da Carta Geológica de Portugal à escala 1:200.000, LNEG-1989

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Semiconfinado a confinado, desenvolve-se na unidade granito de duas micas de grão médio fraturado, sendo a permeabilidade do tipo fissural, em geral, média.

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Granito alterado com permeabilidade baixa.
  • Granito fraturado que suporta o sistema aquífero hidromineral.
  • Xistos e grauvaques com permeabilidade baixa, ou quase nula, permitindo o confinamento do sistema aquífero hidromineral.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A principal zona de infiltração das águas meteóricas corresponde à bacia hidrográfica do Regato das Amoladouras, em especial, na zona de contacto por falha entre o granito e os xistos encaixantes, sendo ainda facilitada pela atitude da xistosidade próxima da vertical.

Esta falha constitui também a principal estrutura de escoamento subterrâneo.

O recurso hidromineral circula no maciço granítico fraturado. A existência de níveis impermeáveis correspondentes, quer a camadas xistentas, quer a fraturas colmatadas por material impermeável, permitem o seu confinamento ficando garantida a estabilidade físico-química da água.

modelo72

 

Estudo do Microbismo Natural

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classe representativa: Betaproteobacteria.

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água bicarbonatada, apresenta uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 1,43%) ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, entre as quais Betaproteobacteria (52,44%) tem presença maioritária, seguida por Nitrospira (10,97%). A classe Betaproteobacteria é predominante nas amostras F3 e F7 (colhidas no outono), enquanto que Nitrospira tem uma distribuição mais equivalente entre as quatro amostras (∼10%). Gammaproteobacteria não tem expressão na última amostra colhida (F7) e a classe Bacilli apenas tem presença nas amostras F5 e F7 do ano hidrológico de 2018, contrariamente a Deltaproteobacteria representada só nas amostras F1 e F3 colhidas no ano hidrológico de 2017.

72CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

Os valores obtidos na classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), revelam uma percentagem de reads sem classificação significativa. Os géneros mais representativos destas comunidades são Gallionella e Thermodesulfovibrio, com presença maioritária nestas amostras, exceto em F5, na qual se destaca o género Polaromonas (pertencente a Betaproteobacteria como Gallionella). Estas comunidades são também compostas por outros géneros menos representativos, nomeadamente Mycobacterium (presente em F1 e F3), Propionivibrio (com presença em F1, F3 e F7), Dechloromonas e Burkholderia (presentes em F1 e F3).  

72GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thermodesulfovibrio thiophilus, Mycobacterium frederiksbergense, Gallionella ferruginea, Oxalobacter vibrioformis, Propionivibrio dicarboxylicus, Dechloromona shortensis, Thermodesulfovibrio aggregans, Geothrix fermentans, Mycobacterium pinnipedii, Propionivibrio pelophilus, Mycobacterium hackensackense e Euzebya tangerina. Destes microrganismos identificados Geothrix fermentans, por exemplo, é uma bactéria redutora de ferro já detetada em sedimentos ricos em Fe (III) (Misha G. Mehta-kolte, et al., 2012).

72DIVERSIDADE

A diversidade bacteriana é mais elevada nas amostras F3 e F5. Os valores de OTUs que caracterizam esta água mineral natural variam de 273 a 786, entre as amostras F7 e F3. O decréscimo da riqueza específica nas últimas amostras colhidas (F5 e F7), pode ser devido à maior percentagem de reads sem classificação e à menor representatividade (3%) da classe Actinobacteria (género Mycobacterium) nestas amostras, em relação a F1 e F3.

 

72VIAVEIS
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