Unhais da Serra

HM-18 - Unhais da Serra

Termalismo

CONCESSÃO

Unhais da Serra

MORADA:
Avenidas das Termas - Apartado 14, 6200-909 Covilhã

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Castelo Branco
Concelho - Covilhã

ÁREA DA CONCESSÃO:
181,83 ha

DATA DO CONTRATO:
12-05-2006

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 43/2017, DR 21, Série I, 30-01-2017

Concessionário

Sociedade Termal Unhais da Serra, S.A.

Captação

US1

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças do aparelho circulatório
Doenças do aparelho digestivo
Doenças do aparelho respiratório
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
Room

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Sulfúrea
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Carbonatada
Fluoretada
Sulfidratada
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 18/08/2017
Mineralização Total - 266 mg/L
pH - 8,7
Temperatura - 36,1 ⁰C
Condutividade Elétrica - 308 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 8,3
Temperatura emerg. - 35,9 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica Série dos granitos hercínicos, biotíticos, com plagioclase cálcica, tardi a pós-orogénicos.

18mapa

 Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

Na área da concessão afloram as seguintes unidades:

  • Aluviões - areias e outros materiais detríticos.
  • Depósitos fluvio-glaciares - calhaus e detritos finos.
  • Rochas metassedimentares - Complexo Xisto-Grauváquico: filitos, xistos e metagrauvaques, passando a xistos mosqueados na proximidade do contacto com os granitos.
  • Granitóides hercínicos, tardi a pós-orogénicos:

- Granito de duas micas, não porfiróide, de grão grosseiro a médio.

- Granito biotítico, porfiróide, de grão grosseiro, com cristais de feldespato bem desenvolvidos.

  • Filões de quartzo.
TECTÓNICA:

A concessão localiza-se na extremidade sul da megaestrutura designada por falha de Manteigas-Vilariça-Bragança, de orientação NNE-SSW, que condiciona toda a estrutura local. O granito encontra-se muito fraturado e diaclasado sendo NE-SW a direção estrutural mais representativa. As fraturas, frequentemente preenchidas por filões de quartzo, apresentam orientação geral NW-SE e NE-SW.

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

18CARTA

Adaptada da folha 20B da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1975

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Semiconfinado a confinado, desenvolve-se na unidade granito porfiróide de grão grosseiro muito fraturado, sendo a permeabilidade do tipo fissural, em geral média.

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Depósitos aluvionares e fluvio-glaciares - constituem um sistema aquífero superficial,  descontínuo, com permeabilidade intersticial geralmente elevada.
  • Rochas graníticas - muito fraturadas e esmagadas por ação da falha Manteigas-Vilariça-Bragança, constituem o sistema aquífero hidromineral de permeabilidade média.
  • Xistos e grauvaques - com permeabilidade baixa, ou quase nula nas proximidades do contacto com o granito.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A recarga do sistema hidromineral ocorre a montante da concessão, nos terrenos graníticos, sendo que as águas meteóricas escoam em profundidade ao longo do sistema de falhas abertas que se desenvolve até grandes profundidades. A profundidade de circulação e os tempos de residência elevados, conferem ao recurso o quimismo e a temperatura que o caracterizam.

A descarga verifica-se devido à conjugação de fatores topográficos e estruturais.

18MODELO

 Adaptado de Mendes, E. (2012)

Estudo do Microbismo Natural

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Gammaproteobacteria e Nitrospira.

O resumo da composição taxonómica por classe, das comunidades microbianas desta água sulfúrea, proveniente de duas captações distintas (ACP1 e US1), indica uma distribuição em 7 classes (? ̅0,97%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e 2018, entre as quais, a classe Gammaproteobacteria (70,76%) é predominante. Verifica-se um aumento significativo (de 34,87%) da classe Nitrospira na amostra F5, assim como da percentagem reads (sequências) sem classificação, que aumentou 11,04%, relativamente a F3. As amostras F3-F7 (outono) apresentam valores semelhantes, na ordem dos 80%, para a classe Gammaproteobacteria.

18CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

Na classificação ao nível de género, na amostra F1 (captação ACP1), verifica-se essencialmente que a maior parte da comunidade bacteriana é composta por Thiovirga, tendo a presença minoritária de outros géneros.

Comparando as amostras F3, F5 e F7 (captação US1), estas são também maioritariamente constituídas pelo género Thiovirga, destacando-se outros géneros, variáveis na sua composição, tais como, Thermodesulfovibrio, Gallionella, Rubrivivax e Sterolibacterium. Existe, no entanto, uma reorganização da composição microbiana na  amostra F5, na qual Thermodesulfovibrio tem maior representatividade e o valor de reads não classificadas é também mais elevado (22,67%).

18GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thermodesulfovibrio aggregans, Thiovirga sulfuroxydans, Thermodesulfovibrio thiophilus, Fervidobacterium islandicum, Burkholderia ubonensis, entre outras. Destes microrganismos identificados Fervidobacterium islandicum, por exemplo, é uma bactéria termofílica extrema (tolera temperaruras de 40 a 80C) capaz de degradar queratina e produzir aminoácidos essenciais como metabolitos secundários (Gae-Won Nam, et al., 2002).

18DIVERSIDADE

A amostra F5 revela maior diversidade e riqueza específica como expectável, enquanto que as amostras F1 e F7, de anos hidrológicos, épocas e captações diferentes, apresentam menor riqueza específica. O aumento da riqueza específica em F3 e posterior redução na última amostra (F7) é fundamentada pela representatividade do género Thiovirga, com presença quase total nas amostras F1 e F7.

 

18VIAVEIS

 

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