Termas do Eirogo

HM-52 - Termas do Eirogo

Termalismo

CONCESSÃO

Termas do Eirogo

MORADA:
Rua do Ceramista, 1408, 4750-487 Galegos (S. Marinho)

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Braga
Concelho - Barcelos

ÁREA DA CONCESSÃO:
80,09 ha

DATA DO CONTRATO:
25-06-2004

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria, DR n.º 291, Série II, 2º Suplemento de 19-12-1990

Concessionário

Centro Termal do Eirogo, Lda.

Captação

Furo dos Castanheirinhos

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

Arch

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Sulfúrea
Composição Principal
Bicarbonatada-Cloretada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Fluoretada
Sulfidratada
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 30/12/2016
Mineralização Total - 541 mg/L
pH - 8,6
Temperatura - 24,0 ⁰C
Condutividade Elétrica - 610 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 8,7
Temperatura emerg. - 24,0 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-IbéricaSérie dos granitos  biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós-orogénicos.

52MAPA

 Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

Na área da concessão predominam as rochas graníticas  associadas à orogenia hercínica, que se distribuem em faixas de direção NW-SE, estando representadas por granodioritos e quartzodioritos com rochas básicas associadas. Sobre as rochas graníticas, são frequentes os depósitos detríticos do quarternário associados à dinâmica fluvial dos afluentes do rio Cávado que corre mais a sul.

TECTÓNICA:

A região das Termas do Eirogo está afetada por uma tectónica intensa que condicionou a instalação da rede hidrográfica que se dispõe segundo as principais direções estruturais, ou seja: N-S, NE-SW e NW-SE.

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

52CARTA

Adaptada da folha 5C Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1969  e da folha 1 da Carta Geológica de Portugal à escala 1:200.000, LNEG-1989

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Desenvolve-se na unidade granodiorítica com permeabilidade condicionada pela intensa fraturação que o afeta.

 

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Formações detríticas superficiais - constituídas por aluviões e terraços fluviais, com permeabilidade intersticial em geral elevada.
  • Rochas graníticas alteradas - camada de alteração superficial das rochas graníticas, de espessura muito irregular, dando localmente origem a aquíferos de permeabilidade muito variável.
  • Rochas graníticas fraturadas - rochas graníticas sãs, fraturadas por ação da tectónica local, o que origina diferentes trajetos de circulação subterrânea e sistemas aquíferos a diversas profundidades, sendo o aquífero hidromineral um exemplo.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A água mineral natural do Eirogo tem uma origem fundamentalmente meteórica com infiltração nos relevos circundantes da bacia hidrográfica da ribeira das Pontes, sendo facilitada pela existência de uma complexa e densa rede de fraturas, mais ou menos profundas. No seu percurso subterrâneo descendente, a água aquece, facilitando os processos físico-químicos de alteração dos minerais da rocha encaixante, aumentando a mineralização da água. A profundidade de circulação não parece ser muito elevada e a temperatura da água no reservatório é estimada, com base em geotermómetros, em cerca de 120°C. Durante a ascensão ocorre troca de calor com a rocha encaixante, pelo que na emergência a temperatura não ultrapassa os 24,5°C.

 

Estudo do Microbismo Natural

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classe representativa: Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria.

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, indica uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 0,20%) ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, das quais Gammaproteobacteria (52,60%) e Betaproteobacteria (40,24%) são as mais abundantes. Estas classes apresentam uma variação em proporção inversa por época do ano. Nas amostras F3-F7 (outono) em que Gammaproteobacteria predomina, Betaproteobacteria tem menor expressão e vice-versa, nas amostras F1-F5 (primavera) Betaproteobacteria predomina e Gammaproteobacteria tem menor expressão.

52CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

Na classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se a presença maioritária dos géneros Sulfuritalea, Thiomonas, Flavobacterium e Thiofaba nas amostras F1-F5, enquanto que nas amostras F3-F7 o género Thiofaba predomina, seguido por Thiomonas e Thiothrix.

O hidrogenoma desta água é caracterizado pela presença dos géneros Thiofaba, Thiomonas e Thiothrix em todas as amostras, revelando estabilidade microbiológica nestas comunidades.

52GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Ectothiorhodospira imhoffii, Thiomonas perometabolis, Thiomonas intermedia, Thiothrix lacustris e Limnohabitans planktonicus. Estes microrganismos identificados estão relacionados com a metabolização do enxofre (S. Wentzien, W. Sand, 1999) (X.-G.Chen, et al., 2004).

52DIVERSIDADE

A diversidade bacteriana é maior nas amostras F1 e F5 colhidas na época da primavera. Os valores de OTUs totais que caracterizam esta água mineral natural variam de 67 a 247, revelando um aumento da riqueza específica na segunda amostra colhida (F3), devido à presença dos géneros Thiofaba, Thiomonas e Ectothiorhodospira.

 

52VIAVEIS

 

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