Termas do Bicanho

HM-75 - Termas do Bicanho

Termalismo

CONCESSÃO

Termas do Bicanho

MORADA:
Rua da Constituição, 1340-4º Esq., 4250-167 Porto

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Coimbra
Concelho - Soure

ÁREA DA CONCESSÃO:
235,16 ha

DATA DO CONTRATO:
14-07-2017

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 88/2021, DR n.º 77, Série I de 21-04-2021

Concessionário

Palacedouro - Desenvolvimento Turístico e Imobiliário, S.A.

Captação

SL4

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças do aparelho respiratório
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
utilizacoes75

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Bicarbonatada
Composição Principal
Bicarbonatada Cálcico-Magnesiana
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 03/04/2018
Mineralização Total - 279 mg/L
pH - 6,6
Temperatura - 23,1 ⁰C
Condutividade Elétrica - 351 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 6,6
Temperatura emerg. - 26,0 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Bacias Meso-Cenozoicas - Bacia Lusitaniana.

mapa75

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

Na área da concessão afloram:

  • Depósitos aluvionares e terraços fluviais do rio Pranto (Cenozóico).
  • Calcários apinhoados da Costa de Arnes (Cretácico Superior).
  • Arenitos de Carrascal (Cretácico Inferior).
  • Arenitos de Boa Viagem (Jurássico Superior).
TECTÓNICA:

As unidades do Jurássico e do Cretácico dispõem-se em estrutura monoclinal, em camadas de direção aproximada N20°W, com inclinação para SW. Junto ao vale do rio Pranto, esta estrutura está cortada por uma falha provável - a falha do Pranto - com direção sensivelmente paralela à atitude das camadas e à planície aluvial deste rio.

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

CARTA75

Adaptada da folha 19C Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1976

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Desenvolve-se na unidade dos Arenitos de Carrascal do Cretácico Inferior, constituindo um aquífero semiconfinado a confinado, de permeabilidade geralmente baixa a média.

UNIDADES AQUÍFERAS:

Considera-se a existência de três unidades hidrogeológicas sobrepostas:

  • Unidade superficial - constituída pelas aluviões do rio Pranto, com permeabilidade intersticial elevada.
  • Unidade carbonatada - constituída pelos calcários do Cretácico Superior, com permeabilidade cársica elevada, ou bastante mais baixa nas zonas margosas. Apresenta-se, no todo, como um aquífero semiconfinado a confinado.
  • Unidade detrítica - constituída pelos arenitos do Cretácico Inferior, constitui um aquífero semiconfinado a confinado, com permeabilidade baixa a média. É nesta unidade que é captado o recurso hidromineral.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A zona de recarga situa-se a NE da área da concessão, em zonas de maior altitude onde afloram essencialmente unidades do Jurássico Médio. A circulação subterrânea dá-se de NE para SW, favorecida pela estrutura monoclinal com inclinação para SW com que se apresentam as camadas mesozóicas, sendo a emergência potenciada pela falha do Pranto que funcionará também como barreira hidráulica.

MODELO75

Adaptado de Portugal Ferreira, M. (1991)

Estudo do Microbismo Natural

Assinatura Hidrobiómica (espécies exclusivas)

F1, F3: Novispirillum itersonii

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Gammaproteobacteria e Alphaproteobacteria.

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água bicarbonatada, indica uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 3,56%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, entre as quais Gammaproteobacteria (29,51%) e Alphaproteobacteria (21,05%) têm presença maioritária, seguidas por Betproteobacteria (14,78%). Verifica-se uma variação significativa destas classes nas diferentes amostras, apresentando valores de desvio padrão elevados (de 30,52, 24,29 e 10,18, respetivamente).

75CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

A classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 e F3-F7, mostra uma elevada percentagem de reads (sequências) sem classificação em F1, F5 e F7. Verifica-se grande variabilidade de géneros entre as amostras. Em F1 destacam-se os géneros Thiofaba e Thiobacillus, enquanto que na amostra F5 são maioritários Methylobacterium e Thermodesulfovibrio (presente em F3-F7). Por sua vez, Pseudomonas e Sphingobium são predominantes em F3, enquanto que Thermodesulfovibrio e Candidatus Tammella predominam em F7. O género Chondromyces é comum nas amostras F1-F5 (primavera) e Aquabacterium está presente em F3-F7 e F5. Os géneros Rhodoplanes e o Candidatus Tammella estão presentes em todas as amostras.

75GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Pseudomonas plecoglossicida, Methylobacterium radiotolerans, Pseudomonas benzenivorans, Pseudomonas parafulva, Sphingobium rhizovicinum, Sphingobium amiense, Thermodesulfovibrio, Pseudomonas mosselii, Methylobacterium longum, Thiobacillus sajanensis, Methylobacterium mesophilicum, Acinetobacter oleivorans e Pseudomonas entomofila. Destes microrganismos identificados Pseudomonas benzenivorans pode decompor compostos xenobióticos (Elke Lan, et al., 2010) e Pseudomonas parafulva produzir metabolitos com ação antibacteriana e antifúngica (D.Kakembo, et al., 2019).

75DIVERSIDADE

A diversidade bacteriana é menor na primeira amostra colhida (F1), assim como a riqueza específica. Os valores de OTUs que caracterizam esta água mineral natural variam de 305 a 576, entre as amostras F1 e F3 do ano hidrológico de 2017.

 

75VIAVEIS

 

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