Termas de S. Miguel

HM-71 - Termas de S. Miguel

Termalismo

CONCESSÃO

Termas de S. Miguel

MORADA:
Rua Tenente-Coronel Silva Simões, 294, 3525-150 Abraveses

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Guarda
Concelho - Fornos de Algodres

ÁREA DA CONCESSÃO:
28,55 ha

DATA DO CONTRATO:
26-08-2015

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Publicitado

Concessionário

Fornos Vida - Desenvolvimento Turístico e Imobiliário, S.A.

Captação

F2

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças do aparelho respiratório
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
Swimming pool

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Hipossalina
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Composição Secundária
Silicatada
Mineralização
Hipossalina
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 04/03/2019
Mineralização Total - 75 mg/L
pH - 5,9
Temperatura - 14,7 ⁰C
Condutividade Elétrica - 73 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 5,7
Temperatura emerg. - 13,0 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica: Série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós-orogénicos.

mapa71

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

Na área da concessão afloram:

  • Rochas graníticas hercínicas tardi a pós-orogénicas - granito essencialmente biotítico, porfiróide, de grão grosseiro.
  • Rochas filonianas - filões de quartzo e filões e massas aplito-pegmatíticas.
TECTÓNICA:

Toda a zona é cortada por um sistema de falhas subparalelas e subverticais, com orientação dominante NNE-SSW, mas também ENE-WSW, e de cujo movimento resulta um conjunto de blocos abatidos e elevados. Em geral, as zonas de falha correspondem a linhas de água preenchidas por aluviões atuais. Destaca-se a falha da ribeira das Infias que atravessa a área da concessão com a direção NE-SW, onde se instalou a ribeira do mesmo nome.

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

CARTA71

Adaptada da folha 17B da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1990

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Suportado por granito biotítico porfiróide de grão grosseiro, com permeabilidade fissural, confinado a semiconfinado.

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Sistema aquífero superficial - livre, constituído por depósitos aluvionares com permeabilidade intersticial média e espessura variável, por vezes apreciável (7m na zona da captação F2).
  • Sistema aquífero intermédio - constituído por granito porfiróide de grão grosseiro muito alterado, com permeabilidade intersticial muito baixa, o que lhe confere, frequentemente, características de aquitardo.
  • Sistema aquífero profundo - desenvolvido em granito porfiróide de grão grosseiro pouco alterado a são, muito fraturado, com permeabilidade fissural em geral baixa, ou pontualmente mais elevada nas zonas de maior fraturação relacionada com os acidentes tectónicos. Confinado a semiconfinado, sendo o confinamento superior imposto pela formação granítica superficial.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A intensa fraturação do maciço granítico, conjuntamente com os declives suaves, constituem fatores favoráveis à infiltração das águas provenientes da precipitação atmosférica, que, em termos anuais, pode ser considerada modesta. Promove ainda o transporte destas águas para maiores profundidades, a circulação no interior do maciço, bem como a ascensão à superfície.

MODELO71

Adaptado de UBI (2014)

Estudo do Microbismo Natural

Assinatura Hidrobiómica* (espécies exclusivas)

F5: Pedobacter metabolipauper

F7: Microbacterium hominis

*hidrogenoma consolidado

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classe representativa: Betaproteobacteria.

Os valores obtidos na composição taxonómica por classe, das comunidades bacterianas desta água bicarbonatada, apresentam uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 2,24%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, indicando a presença maioritária de Betaproteobacteria (48,66%), seguida por Gammaproteobacteria (15,10%) e Alphaproteobacteria (10,35%). No final do ano hidrológico de 2017 (F3) e início de 2018 (F5), o perfil taxonómico das classes Betaproteobacteria e Gammaproteobacteria é semelhante.

71CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

Na classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se variabilidade na composição  microbiológica do hidrogenoma desta água. Nas amostras F3-F7 a percentagem de reads (sequências) sem classificação é mais elevada, sendo os géneros mais representativos Zooglea (também presente em F1), Dechloromonas e Azohydromonas (presente em F1) com menor expressão. O género Janthinobacterium surge em ambas as amostras colhidas na primavera (F1-F5). Na amostra F5 o género Polaromonas (pertencente à classe Betaproteobacteria como Zoogloea) é o mais predominante.

71GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Pseudomonas plecoglossicida, Oxalobacter vibrioformis, Zoogloea resiniphila, Zoogloea caeni, Pseudomonas parafulva, Curvibacter lanceolatus, Pseudomonas benzenivorans e Pseudomonas panipatensis. Destes microrganismos identificados Oxalobacter vibrioformis é capaz de degradar oxalato (Irmtraut Dehning e Bernhard Schink, 1989) e Pseudomonas benzenivorans pode ter aplicabilidade em processos de biorremediação de xenobióticos (Elke Lang, et al., 2009).

71DIVERSIDADE

A diversidade bacteriana é menor na amostra F5, dada a expressão elevada do género Polaromonas. Os valores de OTUs que caracterizam esta água mineral natural variam de 388 a 597, entre as amostras F5 e F3. O número de espécies identificadas é aproximado entre as amostras analisadas, apontando para a compatibilidade das características desta água com a existência de diversas populações microbianas.

 

71VIAVEIS

 

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