Termas da Terronha

HM-66 - Termas da Terronha

Termalismo

CONCESSÃO

Termas da Terronha

MORADA:
Praça Eduardo Coelho, 5230-315 Vimioso

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Bragança
Concelho - Vimioso

ÁREA DA CONCESSÃO:
44,62 ha

DATA DO CONTRATO:
16-03-2011

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Por fixar

Concessionário

Câmara Municipal de Vimioso

Captação

AQ1

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças do aparelho respiratório
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
Product

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Sulfúrea
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Fluoretada
Sulfidratada
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 09/06/2017
Mineralização Total - 424 mg/L
pH - 8,9
Temperatura - 17,0 ⁰C
Condutividade Elétrica - 572 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 9,0
Temperatura emerg. - 18,1 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica - Rochas metassedimentares autóctones.

mapa_66

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

A área da concessão localiza-se numa zona de contacto entre 3 unidades geológicas maiores:

  • Rochas graníticas hercínicas sin-orogénicas representadas pelo Granito de Caçarelhos, um  granito de duas micas, de grão médio, orientado.
  • Rochas metassedimentares autóctones representadas pela Formação Campanhó e Ferradosa, de idade silúrica, constituída por xistos carbonosos e siliciosos, liditos e lentículas quartzíticas.
  • Rochas metassedimentares do Complexo Parautóctone separadas da unidade anterior por um importante carreamento e representadas por xistos cinzentos.
TECTÓNICA:

Evidenciam-se 3 famílias de fraturas com as seguintes orientações:

  • NNE-SSW a NE-SW - representada por falhas extensas, subverticais e por zonas de diaclasamento elevado.
  • NW-SE a WNW-ESE - expressa por carreamentos e por zonas de cisalhamento.
  • NE-SW a ENE-WSW - ocorre com maior significado no batólito granítico de Caçarelhos e assume um papel hidrogeológico importante.

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

CARTA66

Adaptada da Folha 2 da Carta Geológica de Portugal à escala 1:200.000, LNEG-2000

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Ocorre numa zona de contacto de rochas graníticas (granito de Caçarelhos) e rochas metassedimentares paleozóicas, com permeabilidade do tipo fissural e produtividade pouco significativa.

UNIDADES AQUÍFERAS:

 

  • Sistema aquífero subsuperficial - associado à fraturação dos maciços de rochas cristalinas, aos meios porosos de arenização do maciço granítico e de alteração dos maciços metassedimentares.
  • Sistema aquífero hidromineral - fraturado profundo, associado aos acidentes tectónicos de dimensão regional.

 

MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

Os fluxos subterrâneos desenvolvem-se através das famílias de fraturas presentes que compartimentam o maciço rochoso em profundidade, criando condições hidráulicas favoráveis à infiltração, circulação profunda e ascensão de águas subterrâneas.

A zona de contacto entre o granito de Caçarelhos e as rochas metassedimentares constitui um domínio favorável à intensificação dos mecanismos de interação da água com as litologias presentes. A água mineral natural revela, na sua componente vestigiária, elevados teores em boro, césio e tungsténio, o que pode estar relacionado com misturas com fluidos geotérmicos.

A zona mais favorável para a descarga do sistema hidromineral localiza-se na área de influência do contacto entre o granito de Caçarelhos e os metassedimentos, conjuntamente com as famílias de fraturas presentes.

 

Estudo do Microbismo Natural

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria.

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, indica uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 0,52%) ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, entre as quais Gammaproteobacteria (54,02%) e Betaproteobacteria (17,81%) têm presença maioritária, variando em proporção inversa, isto é, nas amostras em que Gammaproteobacteria é predominante (F3, F5 e F7), a classe Betaproteobacteria é menos frequente e vice-versa (F1).

66CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

A classificação ao nível de género, por comparação entre as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), revela alguma estabilidade microbiológica na composição taxonómica destas comunidades bacterianas, apresentando na maioria das amostras a presença maioritária do género Thiovirga (exceto em F1), predominante em F7 (89,53%). Os géneros Thiofaba (na amostra F5) e  Desulfobulbus (presente em F1 e F3-F7) também caracterizam este hidrogenoma. Na amostra F1 o género Methyloversatilis apresenta uma expressão significativa com presença também nas amostras F3, F5 e F7.

66GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thiovirga sulfuroxydans, Desulfobulbus elongatus, Methyloversatilis universalis, Thermodesulfovibrio thiophilus, Nitrosococcus watsoni, Denitratisoma oestradiolicum, Ectothiorhodospira imhoffii, Desulfosarcina ovata, Geobacter lovleyi e Gallionella ferruginea. Destes microrganismos Gallionella ferruginea, por exemplo, é uma bactéria associada a águas subterrâneas de fluxo lento, ricas em ferro e com baixa concentração de carbono orgânico e oxigénio (Pedersen, 2011).

66DIVERSIDADE

A diversidade bacteriana é mais elevada nas amostras F1 e F3. Os valores de OTUs que caracterizam esta água mineral natural variam de 95 a 557, entre as amostras F7 e F3 colhidas no outono. Houve um aumento da riqueza específica na amostra F3.

 

66VIAVEIS

 

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