Termas da Moimenta
HM-64 - Termas da Moimenta
CONCESSÃO
MORADA:
Av.D.Manuel I, 18 - Pesqueiras, 4840-100 Terras de Bouro
LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Braga
Concelho - Terras de Bouro
ÁREA DA CONCESSÃO:
61,94 ha
DATA DO CONTRATO:
10-12-2007
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 106/2016, DR 80, Série I, 26-04-2016
Concessionário
Complexo Termal da Moimenta, Lda.
Captação
AMB1
Tipo
furo
SETOR DE ATIVIDADE
Termalismo
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
Mineralização Total - 186 mg/L
pH - 8,9
Temperatura - 21,0 ⁰C
Condutividade Elétrica - 230 µS/cm
Temperatura emerg. - 21,0 ⁰C
GEOLOGIA
Localização
Zona Centro-Ibérica - Série dos granitos hercínicos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós-orogénicos.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Na área da concessão aflora o Granito de Terras de Bouro, um granito calco-alcalino, biotítico, porfiróide, de grão grosseiro, profusamente fraturado segundo orientações bem definidas.
É ainda muito frequente a ocorrência de rochas filonianas de composição básica, que preenchem fraturas resultantes da atuação das fases terminais da orogenia hercínica.
Destaca-se a falha de orientação NNW-SSE responsável pela emergência do recurso hidromineral e uma intensa fraturação a ela associada. Regista-se ainda um sistema de fraturas com orientação ENE-WSW.
CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO
Adaptada da folha 5B Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1974
HIDROGEOLOGIA
Desenvolve-se na unidade granítica porfiróide de grão grosseiro, com permeabilidade condicionada pela intensa fraturação que a afeta.
- Granito alterado - camada de alteração superficial do maciço granítico, de espessura variável.
- Granito fissurado - constitui o sistema aquífero hidromineral.
A recarga dá-se essencialmente nos relevos envolventes a SE da emergência mineral e a altitudes da ordem dos 900m. Admite-se que a infiltração ocorra preferencialmente ao longo da cumeada que separa o vale do rio Homem (a Norte) do vale do rio Cávado (a Sul), sem excluir o contributo da própria rede hidrográfica a uma escala mais local. A circulação e emergência parecem ser condicionadas maioritariamente pela falha de orientação NNW-SSE.
--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---
Classes representativas: Betaproteobacteria e Gammaproteobacteria.
A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, indica uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 2,63%) ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, com a presença maioritária de Betaproteobacteria (30,25%) e Gammaproteobacteria (28,06%), variando em proporção inversa, ou seja, nas amostras em que Betaproteobacteria é predominante (F1 e F3), a classe Gammaproteobacteria tem menor expressão e vice-versa (F5 e F7).
--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---
A classificação ao nível de género, por comparação das amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), indica que o hidrogenoma desta água é caracterizado pela sua estabilidade microbiológica, identificando-se em todas as amostras os géneros Thiovirga (exceto em F3), Methyloversatilis e Thermodesulfovibrio como os mais representativos, sendo que na amostra F3 destaca-se o género Acinetobacter. Os géneros Haliangium e Sulfuritalea são menos representativos, mas também são comuns nas amostras analisadas (exceto em F7). Nas amostras F1 e F3 a percentagem de reads (sequências) sem classificação é mais elevada.
--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---
As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thiovirga sulfuroxydans, Methyloversatilis universalis, Thermodesulfovibrio aggregans, Sulfobacillus yellowstonensis, Denitratisoma oestradiolicum, Acinetobacter johnsonii, Tepidanaerobacter syntrophicus e Acinetobacter tjernbergiae. Destes microrganismos identificados Sulfobacillus yellowstonensis, por exemplo, é uma bactéria oxidante de ferro termofílica (tolera temperaturas de 50 a 60 ◦C) (W.J.Robertson, et al., 2002).
A diversidade bacteriana é mais elevada nas amostras F1 e F3 do ano hidrológico de 2017. Os valores de OTUs que caracterizam esta água mineral natural variam de 194 a 476, entre F1 e F3, sendo a primeira amostra colhida a que apresenta menor riqueza específica. O aumento da riqueza específica na amostra F3 é visível pela distribuição em géneros com percentagens de reads mais aproximadas.