Ribeirinho e Fazenda do Arco

HM-20 - Ribeirinho e Fazenda do Arco

Engarrafamento

CONCESSÃO

Ribeirinho e Fazenda do Arco

MORADA:
S. Mamede de Infesta, Apartado 1044, 4466-955

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Portalegre
Concelho - Castelo de Vide

ÁREA DA CONCESSÃO:
93,72 ha

DATA DO CONTRATO:
30-11-2001

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 116/2019, DR 74, Série I, 15-04

Concessionário

Unicer Águas, S.A.

Captação

Vitalis III

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Engarrafamento

TIPO DE ÁGUA ENGARRAFADA:
Mineral natural lisa
Water

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Hipossalina
Composição Principal
Silicatada
Composição Secundária
Cloretada sódica
Mineralização
Hipossalina
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 06/08/2015
Mineralização Total - 50 mg/L
pH - 5,3
Temperatura - 14,8 ⁰C
Condutividade Elétrica - 40 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 5,3
Temperatura emerg. - 14,8 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica Sinclinal da Serra de S. Mamede.

20mapa

 Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:
  • Quaternário - depósitos de vertente e de fundo de vale.
  • Unidades metassedimentares do Paleozóico:

Ordovícico - constituído na base por rochas arcósicas a que se segue uma espessa série quartzítica com algumas intercalações mais gresosas que, pela sua dureza, forma a crista saliente na paisagem.

Silúrico - essencialmente constituído por xistos cinzentos ou negros e algumas intercalações quartzíticas.

TECTÓNICA:

Destaca-se o sinclinal da Serra de S. Mamede, situando-se a área da concessão no flanco sudoeste desta estrutura. As unidades metassedimentares do paleozóico apresentam direção aproximada NNW-SSE e inclinações da ordem de 60° para NE, aproximando-se por vezes da vertical. A xistosidade é, na maior parte da zona, coincidente, ou muito próxima da estratificação.

O sistema de falhas presente tem direções NNW-SSE e NNE-SSW, destacando-se a falha de Castelo de Vide, uma falha de desligamento esquerdo que se encontra preenchida em grande parte por rocha filoniana de quartzo e que faz rejeitar horizontalmente a série ordovícica. Esta falha tem a direção NNW-SSE nas proximidades de Castelo de Vide, tomando a direção norte a norte desta vila e a direção NNE-SSW para sul. Localmente é responsável pela existência de inúmeras nascentes de água.

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

20CARTA

 Adaptada da folha 28D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1972

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

O circuito hidromineral está instalado nos quartzitos ordovícicos, que apresentam permeabilidade fissural devida ao sistema de falhas e diaclases de  direção predominante N-S.

O aquífero é confinado, com fluxo vertical e situa-se a uma profundidade estimada em 30m a 100m, com gradiente para NW. O sistema tem várias descargas naturais sob a forma de nascentes a meia encosta, emergindo algumas delas nos xistos silúricos.

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Série metassedimentar do Ordovícico - constituída essencialmente por quartzitos com permeabilidade fissural conferida por fraturação e diaclasamento, sendo as fraturas, no geral, abertas e sem preenchimento.
  • Série metassedimentar do Silúrico - constituída essencialmente por xistos e alguns níveis de quartzitos intercalados, com permeabilidade baixa a muito baixa e funcionando em geral como aquitardos.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A recarga dar-se-á a partir das zonas mais elevadas da Serra de São Mamede, sendo a infiltração potenciada pela estrutura local.

As águas percolam em profundidade ao longo das fraturas que afetam os níveis quartzíticos, com fluxo aproximadamente vertical e emergem na vertente da serra de Castelo de Vide, colmatadas superiormente pelas camadas xistosas do Silúrico.

Estudo do Microbismo Natural

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Alphaproteobacteria e Betaproteobacteria.

Os valores obtidos na composição taxonómica por classe, indicam uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 4,50%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e 2018, entre as quais Alphaproteobacteria (33,37%) e Betaproteobacteria (21,99%), apesar de serem representativas, variam significativamente de amostra para amostra. Esta assimetria na representatividade das classes entre as amostras estudadas, visível neste perfil taxonómico comparativo, pode ser devido à compatibilidade do quimismo desta água mineral natural para o desenvolvimento de diversas comunidades microbianas.

20CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

A composição destas comunidades bacterianas por género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), não é uniforme, verificando-se a alteração da distribuição em géneros e respetiva representatividade de amostra para amostra. No entanto, esta água hipossalina é caracterizada pelos géneros Methylobacterium (F1-F5 e F7), Candidatus Koribacter (F1-F5 e F3-F7), Cupriavidus (F3-F7 e F5), Burkholderia (F3 e F5) e Azospirillum (F1 e F3), quer pela sua representatividade e/ou presença em mais do que uma das amostras analisadas.

20GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Methylobacterium radiotolerans, Cupriavidus basilensis, Oxalobacter vibrioformis, Burkholderia bryophila, Moorella glycerini, Methylobacterium mesophilicum, entre outras. Destes microrganismos Cupriavidus basilensis pode ter aplicabilidade em processos de biorremediação (Hikaru Suenga, et al., 2015) e Oxalobacter vibrioformis é capaz de degradar oxalato (Irmtraut Dehning e Bernhard Schink, 1989).

20DIVERSIDADE

A diversidade bacteriana é mais elevada na amostra F5. Os valores obtidos de OTUs que caracterizam esta água, variam de 247 a 659, entre as amostras F1 e F3 do ano hidrológico de 2017. O aumento da riqueza específica na segunda amostra colhida (F3) é visível pela respetiva distribuição em géneros com percentagens mais equitativas entre si, apontando para a baixa seleção natural das comunidades bacterianas presentes nesta água mineral natural.

 

20VIAVEIS

 

 

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