Longroiva

HM-53 - Longroiva

Termalismo e Geotermia

CONCESSÃO

Longroiva

MORADA:
Largo do Município, 6430-179 Mêda

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Guarda
Concelho - Meda

ÁREA DA CONCESSÃO:
33,87 ha

DATA DO CONTRATO:
29-10-2004

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria 1360/2006, DR 232, Série I, 04-12-2006

Concessionário

Câmara Municipal da Mêda

Captação

AC1-A

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo e Geotermia

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças do aparelho respiratório
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
APLICAÇÕES DE GEOTERMIA:
Climatização do(s) balneário(s) termal(ais)
Águas quentes sanitárias
Aquecimento de piscina(s)
Swimming pool

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Sulfúrea
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Fluoretada
Sulfidratada
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 06/02/2017
Mineralização Total - 449 mg/L
pH - 8,9
Temperatura - 46,6 ⁰C
Condutividade Elétrica - 544 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 8,9
Temperatura emerg. - 47,0 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica Zona de contacto de granitos da série dos granitos hercínicos de duas micas sin-orogénicos com o Complexo Xisto-Grauváquico.

53MAPA

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

Afloram na área da concessão:

  • Aluviões - areias e argilas e algumas cascalheiras.
  • Complexo Xisto-Grauváquico (Grupo do Douro) - metagrauvaques e metaquartzovaques com finas intercalações de filitos de cor cinzento escuro a negro.
  • Granito de Mêda – granito de duas micas, de grão médio, sin-orogénico.
  • Filões de quartzo.
TECTÓNICA:

A falha das termas de Longroiva tem orientação geral NNE-SSW e movimentação de desligamento esquerdo. Pertence a um sistema de falhas subparalelas e subverticais que faz parte da megaestrutura de Manteigas-Vilariça-Bragança. A atividade deste sistema de falhas originou um mosaico de blocos abatidos e elevados, de que se destacam as depressões de Vilariça e de Longroiva, esta última situada a E da zona das termas, ambas preenchidas por uma espessa camada de sedimentos de idade cenozóica a atual.

Ocorrem ainda outros sistemas de falhas com orientações predominantes ENE-WSW e WNW-ESE.

 

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

53CARTA

Adaptada da folha 15A da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1990

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Suportado por rochas graníticas muito fraturadas, semiconfinado, com permeabilidade fissural e artesianismo.

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Os depósitos aluvionares dão origem a aquíferos livres com permeabilidade intersticial, sem interferência com o sistema hidromineral.
  • O Complexo Xisto-Grauváquico dá origem a aquíferos impermeáveis, de produtividade muito baixa e de extrema importância para o sistema hidromineral, uma vez que funciona de barreira à sua dispersão.
  • O Granito de Mêda apresenta permeabilidade fissural e suporta dois sistemas aquíferos:

- Um superficial e livre, relacionado com a zona de alteração superficial do maciço granítico, onde circula água não mineral fria, apresentando fraca produtividade.

- Um mais profundo de água mineral quente, confinado e profundo, com maior produtividade e com artesianismo.

MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

O estilo tectónico local condicionou a implantação da rede hidrográfica, que corre com frequência em vales de fratura facilitando a infiltração das águas superficiais a grandes profundidades.

A circulação subterrânea é facilitada pela intensa fracturação do maciço granítico. A água ascende de zonas profundas através do maciço granítico, ressurgindo à superfície  com as características da água mineral natural, próximo do contacto por falha entre xistos e granitos, a qual  funciona como barreira à dispersão da água.

Estudo do Microbismo Natural

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, indica uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 2,10%) ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, entre as quais Gammaproteobacteria (20,09%) e Betaproteobacteria (19,80%) são as mais representativas. Verifica-se uma variação significativa (valores de desvio padrão superiores à media) para algumas destas classes, nomeadamente Deltaproteobacteria e Alphaproteobacteria, devido essencialmente à percentagem elevada de reads (sequências) sem assignação taxonómica nas amostras F3 e F7 (∼29%).

53CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

Na classificação ao nível de género, por comparação das amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se uma elevada diversidade neste grupo taxonómico, dada a elevada percentagem sem classificação nas amostras F3‑F7, à semelhança do perfil taxonómico por classe.

Contudo, os géneros Desulfomonile, Ectothiorhodospira e Thermodesulfovibrio  marcam presença em pelo menos três das amostras (F3, F5 e F7), caracterizando estas comunidades microbianas.

53GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Desulfomonile tiedjei, Methyloversatilis universalis, Thermodesulfovibrio aggregans, Ectothiorhodospira haloalkaliphila, Veillonella dispar, Methylobacterium radiotolerans, Methylobacterium mesophilicum, Pseudomonas plecoglossicida e Chondromyces pediculatus. Destes microrganismos Chondromyces pediculatus, por exemplo, produz metabolitos secundários relacionados com atividade antifúngica (Brigitte Kunze, et al., 2008).

53DIVERSIDADE

A diversidade das comunidades bacterianas é maior nas amostras F1 e F3 do ano hidrológico de 2017. Os valores de OTUs obtidos que caracterizam esta água mineral natural variam de 103 a 141, entre as amostras F5 e F3. As amostras F1-F5 (primavera) apresentam menor riqueza específica, relativamente às amostras F3-F7 (outono).

 

53VIAVEIS

 

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