Ladeira de Envendos

HM-27 - Ladeira de Envendos

Termalismo e Engarrafamento

CONCESSÃO

Property

MORADA:
Apartado 1044, 4466-955 S.Mamede de Infesta

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Santarém
Concelho - Mação

ÁREA DA CONCESSÃO:
318,75 ha

DATA DO CONTRATO:
23-12-1997

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 100/2016, DR 78, Série I, 21-04-2016

Concessionário

Unicer Águas, S.A.

Captação

Vital 3

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo e Engarrafamento

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças da pele
Doenças do aparelho digestivo
Doenças do aparelho respiratório
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
TIPO DE ÁGUA ENGARRAFADA:
Mineral natural lisa
Product

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Hipossalina
Composição Principal
Silicatada
Composição Secundária
Cloretada sódica
Mineralização
Hipossalina
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 28/04/2016
Mineralização Total - 30 mg/L
pH - 4,7
Temperatura - 20,0 ⁰C
Condutividade Elétrica - 37 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 4,6
Temperatura emerg. - 20,0 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica Sinforma Amêndoa-Carvoeiro.

27mapa

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010 

UNIDADES GEOLÓGICAS:

A área da concessão caracteriza-se pela ocorrência de duas sequências litoestratigráficas separados por uma discordância angular. Na base o Complexo Xisto-Grauváquico de idade Neoproterozóico-Câmbrico, um conjunto metassedimentar em que alternam metagrauvaques e xistos, a que se segue uma sucessão paleozóica do Ordovícico representada por duas unidades: a Formação do Quartzito Armoricano do Ordovícico inferior, representada por um conglomerado na base seguido  por bancadas de quartzitos de espessura apreciável que formam um relevo de dureza saliente na paisagem, a serra da Ameirosa; a Formação do Brejo Fundeiro do Ordovícico médio, representada essencialmente por xistos e siltitos. 

Localmente ocorrem ainda depósitos de vertente, resultantes da erosão das encostas declivosas.

TECTÓNICA:

A Ladeira de Envendos localiza-se no flanco norte do sinforma de Amêndoa-Carvoeiro, uma estrutura resultante da atuação das fases de deformação da orogenia hercínica. Localmente corresponde a um monoclinal, com os estratos a inclinar para SW, segmentado por várias famílias de falhas, cujas direções predominantes são: NNW-SSE, NE-SW e WNW-ESE a W-E.

 CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

27CARTA

Adaptada da folha 28A da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50 000, LNEG-2000

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Ocorre numa estrutura monoclinal, mergulhante para SW, do flanco NE do sinforma Amêndoa-Carvoeiro, sendo suportado por rochas quartzíticas muito fraturadas e de elevada permeabilidade, limitadas a NE pelo Complexo Xisto-Grauváquico e a SW  por xistos do Ordovícico médio.

UNIDADES AQUÍFERAS:

As camadas quartzíticas do Ordovícico inferior, muito fraturadas, formam sistemas aquíferos de elevada permeabilidade fissural, como é o caso do sistema aquífero hidromineral.

As camadas mais xistosas, quer do Complexo Xisto-Grauváquico, quer do Ordovícico inferior, formam sistemas aquíferos de permeabilidade inferior, permitindo com frequência o confinamento, a topo e na base, das camadas quartzíticas mais produtivas.

MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

O sistema aquífero hidromineral tem origem na infiltração de águas meteóricas através de uma rocha muito fraturada, constituída maioritariamente por quartzitos do Ordovícico inferior.

A circulação subterrânea é favorecida pela elevada fraturação local, sendo a descarga natural controlada estruturalmente pela existência de falhas com orientações NNE-SSW e E-W que, conjuntamente com as rochas xistosas e siltíticas, constituem fronteiras impermeáveis que promovem a ascensão do recurso.

Estudo do Microbismo Natural

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Alphaproteobacteria e Betaproteobacteria.

Os valores de reads obtidos (sequências curtas resultantes da reação de sequenciamento e posterior leitura), na classificação das comunidades bacterianas desta água hipossalina, com base na afiliação taxonómica por classe, revelam uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 1,90%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e 2018, entre as quais Alphaproteobacteria (46,03%) e Betaproteobacteria (22,10%) são representativas. A classe Alphaprotebacteria predomina em F7 (74,58%), tendo presença maioritária em todas as amostras, exceto em F5, na qual Betaproteobacteria apresenta maior percentagem de reads (38,24%). 

27CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

A classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), indica que este hidrogenoma é muito variável, no entanto, o género Gallionella tem presença em todas as amostras analisadas, predominante nas amostras F1-F5 colhidas na primavera. Destacam-se também outros géneros que constituem as comunidades bacterianas desta água, nomeadamente Methylobacterium (F7), Sphingomonas (F1), Phenylobacterium (F3 e F5), Pelomonas (F5), Thiofaba (F3), Oxalobacter (F1 e F7) e Mycobacterium (F5 e F7). 

27GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Methylobacterium radiotolerans, Ectothiorhodospira imhoffii, Phenylobacterium falsum, Pelomonas puraquae, Brevundimonas olei, Methylobacterium mesophilicum e Phenylobacterium lituiforme. Destes microrganismos identificados Brevundimonas olei é uma bactéria conhecida pelo sua ação antifúngica, útil no controlo biológico e crescimento de certas culturas (p. ex. tomate) (Amanul Islam, et al., 2018).

27DIVERSIDADE

A diversidade bacteriana é mais elevada nas amostras F1 e F3 do ano hidrológico de 2017. Os valores de OTUs obtidos variam de 178 a 577, entre as amostras F7 e F3 colhidas na época do outono. Esta variação é fundamentada pela maior representatividade da classe Gammaproteobacteria (géneros Thiofaba, Ectothiorhodospira e Thiovirga) na amostra F3, diminuindo consideravelmente na amostra F7.

 

27VIAVEIS

 

 

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