Granjal

HM-69 - Granjal

Termalismo

CONCESSÃO

Shed

MORADA:
Largo do Município, 3440-337 Santa Comba Dão

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Viseu
Concelho - Santa Comba Dão

ÁREA DA CONCESSÃO:
7,61 ha

DATA DO CONTRATO:
26-08-2015

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 90/2019, DR 59, Série I, 25-03-2019

Concessionário

Município de Santa Comba Dão

Captação

AQ1

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

Wall

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Bicarbonatada
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Fluoretada
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 02/05/2018
Mineralização Total - 485 mg/L
pH - 9,1
Temperatura - 22,6 ⁰C
Condutividade Elétrica - 631 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 9,1
Temperatura emerg. - 22,0 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós-orogénicos.

mapa69

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:
  • Granitos hercínicos, tardi a pós orogénicos - de composição essencialmente biotítica, textura porfiróide e grão grosseiro. Apresentam diferentes estados de alteração, desde sãos a muito alterados.
  • Filões de quartzo - dispõem-se segundo as principais direções estruturais da região, ou seja, NNE-SSW a NE-SW, N-S e ENE-WSW. Atingem por vezes espessura da ordem das dezenas de metros. Correspondem, na maioria, a preenchimentos de fraturas em fase tardia da orogenia hercínica.
TECTÓNICA:

Salienta-se a existência provável de uma falha no vale do rio Dão, com orientação NE-SW. Segundo esta direção dispõem-se os principais alinhamentos estruturais da região. A falha do Rio Dão terá um papel fundamental na circulação profunda da água nesta região.

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

CARTA69

Adaptada da folha 17C Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1962

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Suportado por granito porfiróide, de grão grosseiro, muito fraturado, emerge na bacia hidrográfica do rio Dão, estando relacionado com as zonas de fratura originadas por movimentações ao longo da provável falha do vale deste rio. O reservatório é superficial, pelo que a água apresenta baixa temperatura.

UNIDADES AQUÍFERAS:

As condições geológicas e geomorfológicas locais determinam a existência de dois sistemas aquíferos:

  • Sistema aquífero superficial - livre, de águas pouco mineralizadas e de circulação superficial, com permeabilidade fissural, ou intersticial nas zonas mais arenizadas do maciço granítico.
  • Sistema aquífero hidromineral - semiconfinado a confinado, com permeabilidade fissural variável consoante o grau de fraturação do granito.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A vasta extensão da bacia hidrográfica do rio Dão, aliada à provável falha onde estará encaixado este rio, favorece a recarga dos  vários sistemas aquíferos hidrominerais emergentes nesta bacia hidrográfica. A falha do rio Dão terá um papel fundamental na evolução dos fluxos subterrâneos de NE para SW, que ascenderão à superfície devido a particularidades geológicas locais. A cerca de 5 km a SW do Granjal, ocorre o contacto das rochas graníticas com rochas xistentas do Complexo Xisto-Grauváquico que poderão funcionar como barreira impermeável à circulação profunda das águas. Os filões são também elementos fundamentais na circulação da água a grandes profundidades e no condicionamento da direção e sentido dos fluxos subterrâneos.

MODELO69

 

Estudo do Microbismo Natural

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Gammaproteobacteria, Deltaproteobacteria e Betaproteobacteria.

Os valores obtidos na composição taxonómica por classe, das comunidades bacterianas desta água bicarbonatada, indicam uma distribuição em 8 classes (?̅ ≥ 1,42%) ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, com a presença maioritária de Gammaproteobacteria (34,76%), Deltaproteobacteria (24,10%) e Betaproteobacteria (18,02%).

As classes Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria variam em proporção direta, enquanto que Deltaproteobacteria varia em proporção inversa com as classes Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria. Nas amostras em que Deltaproteobacteria tem menor expressão (F3 e F5), as classes Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria predominam e vice-versa (F1 e F7).

69CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

Na classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 e F3-F7, verifica-se que o género Desulfobulbus está presente em todas as amostras, embora em proporção variável, sendo mais representativo na amostra F1 e F7. Nestas duas amostras (F1 e F7) Kushneria e Thermodesulfovibrio marcam também presença. O género Thiofaba tem presença na amostra F1 e nas amostras do outono (F3-F7), predominando em F7. Thiomonas marca presença nas amostras da primavera (F1-F5), Thiothrix faz parte da composição de F3 e F5 e Thiovirga tem expressão significativa apenas na amostra F3. A última amostra colhida (F7) apresenta a percentagem de reads (sequências) sem classificação mais elevada (32,06%).

69GENERO

 

 --- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Desulfobulbus elongatus, Thermodesulfovibrio aggregans, Thiovirga sulfuroxydans, Thiomonas intermedia, Thiomonas perometabolis, Desulfovibrio psychrotolerans, Methyloversatilis universalis, Thiothrix lacustris e Thiothrix caldifontis. Estes microrganismos identificados estão relacionados com a metabolização enzimática do enxofre.

69DIVERSIDADE

A diversidade bacteriana é semelhante entre as quatro amostras, sendo menor em F3. Os valores de OTUs que caracterizam esta água mineral natural variam de 166 a 327, entre as amostras F5 e F1 colhidas na primavera. A diminuição da riqueza específica nas amostras F3 e F5, deve-se à menor representatividade da classe Deltaproteobacteria.

 

69VIAVEIS

 

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