Entre-os-rios (Quinta da Torre)
HM-23 - Entre-os-rios (Quinta da Torre)
CONCESSÃO
MORADA:
Calçada de Santana, 180, 1169-062 Lisboa
LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Porto
Concelho - Penafiel
ÁREA DA CONCESSÃO:
96,60 ha
DATA DO CONTRATO:
22-08-1997
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 203/2003, DR 56, Série I-B, 07-03-2003
Concessionário
Fundação INATEL
Captação
Barbeitos
Tipo
furo
SETOR DE ATIVIDADE
Termalismo
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA
Localização
Zona Centro-Ibérica - Série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica tardi a pós-orogénicos.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
- Aluviões - desenvolvem-se essencialmente associadas à ribeira de Matos. São depósitos de fundo de vale de matriz argilo‐arenosa.
- Rochas graníticas hercínicas tardi a pós-tectónicas - afloram duas fácies distintas:
Granito de duas micas, essencialmente biotítico, porfiróide, de grão grosseiro;
Granodiorito e, raramente, quartzodiorito biotítico, em pequenos afloramentos.
- Rochas filonianas - representadas por filões de microgranitos de duas micas, essencialmente biotíticos, cuja espessura não ultrapassa 30 cm.
Do ponto de vista estrutural a área é caracterizada fundamentalmente por três sistemas de fracturação regional: o sistema N‐S a NNE‐SSW, o mais contínuo e desenvolvido, materializado pelo vale da Ribeira de Matos, ou pela orientação dos microgranitos; o sistema ENE‐WSW a E‐W; e o sistema NE‐SW e NW‐SE, o menos expressivo. O diaclasamento local é dominado pela atitude N20°E‐subvertical, salientando‐se ainda a ocorrência das seguintes atitudes: N5°E‐subvertical, N30°E‐subvertical, N70°E‐subvertical, N120°E‐subvertical e N140°E‐70°NE.
CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO
Adaptada da folha 13B da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1963
HIDROGEOLOGIA
Suportado por rochas graníticas fortemente diaclasadas, com permeabilidade fissural, confinado em profundidade e emergente à superfície devido à existência de nó tectónico favorável.
- Sistema aquífero superficial - livre, de águas normais de baixa mineralização, instalado nas pequenas manchas aluvionares, no solo residual granítico e no nível superficial muito alterado a decomposto da rocha granítica.
- Sistema aquífero profundo - instalado na rocha granítica sã que ocorre abaixo da zona de alteração, confinado, com permeabilidade fissural, onde circulam as águas mais mineralizadas que constituem o recurso hidromineral.
As águas minerais de Entre‐os‐Rios resultam da convergência dos sistemas de fraturação N‐S a NNE‐SSW e ENE‐WSW. Localmente, as nascentes minerais primitivas ocorrem em zonas de forte diaclasamento, na dependência dos sistemas de fraturação.
Adaptado de Ferreira, M. (2013)
--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---
Classes representativas: Betaproteobacteria e Gammaproteobacteria.
A composição das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, com base na afiliação taxonómica por classe, indica uma distribuição de 7 classes (? ̅ ≥ 0,44), demonstrando a presença maioritária de Betaproteobacteria (46,88%) e Gammaproteobacteria (40,12%) no conjunto das três amostras estudadas (F1, F3 e F7).
Na amostra F1 (primavera) predomina a classe Betaproteobacteria (89,74%), enquanto que nas amostras F3-F7 (outono) predomina a classe Gammaproteobacteria, representando 50,36% e 63,08%, respetivamente.
--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---
Na classificação ao nível de género, comparando as amostras F3-F7 (outono) e a amostra F1 (primavera), verifica-se que o hidrogenoma desta água sulfúrea é caracterizado principalmente por três géneros, nomeadamente Thiofaba, Methyloversatilis e Sulfuritalea, presentes em todas as amostras, com variação na sua representatividade. A amostra F1 difere das amostras posteriores, apresentando os géneros Dechloromonas e Ralstonia com maior predominância. As amostras F3-F7 contêm uma composição mais semelhante entre si, no entanto, destaca-se o género Desulfocapsa em F7, sem representação em F3.
--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---
As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Methyloversatilis universalis, Denitratisoma oestradiolicum e Acinetobacter ursingii.
A diversidade das comunidades bacterianas é maior nas amostras F1 e F3 colhidas no ano hidrológico de 2017. Os valores de OTUs totais que caracterizam esta água mineral natural, variam de 70 a 414, revelando menor riqueza específica na primeira amostra colhida (F1) e maior na segunda (F3), explicada pelo aumento da representatividade do género Methyloversatilis em F3.