Corgas-Buçaco

HM-63 - Corgas-Buçaco

Engarrafamento

CONCESSÃO

Mountainous landforms

MORADA:
Penacova, 3361-907 Sazes do Lorvão

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Coimbra
Concelho - Penacova

ÁREA DA CONCESSÃO:
47,85 ha

DATA DO CONTRATO:
10-12-2007

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 99/2016, DR 78, Série I, 21-04-2016

Concessionário

Sociedade para a Exploração da Fonte das Corgas-Buçaco, S.A.

Captação

AM-3

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Engarrafamento

Logo

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Bicarbonatada
Composição Principal
Bicarbonatada Cálcica
Composição Secundária
Magnesiana
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 26/07/2006
Mineralização Total - 346 mg/L
pH - 7,8
Temperatura - 21,4 ⁰C
Condutividade Elétrica - 358 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 7,7
Temperatura emerg. - 21,0 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica - Sinclinal do Buçaco.

63mapa

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

A concessão localiza-se no flanco SW do sinclinal do Buçaco, aflorando as seguintes unidades de idade paleozóica:

  • Silúrico - aflora no núcleo do sinclinal e está representado por xistos negros e cinzentos, frequentemente com nódulos siliciosos.
  • Ordovícico superior - xistos e metarenitos com intercalações quartzíticas e bancadas de carbonatos e vulcanitos no topo.
  • Ordovícico inferior - xistos e psamitos, com quartzitos e grauvaques na base.
TECTÓNICA:

A nível tectónico, para além da estrutura em sinclinal assimétrico que caracteriza a região, destacam-se sistemas conjugados de fraturas com direções NNW-SSE a NW-SE e NNE-SSW a ENE-WSW e ainda de direção N-S.

 

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

63CARTA

Adaptada de Rocha et al.(2019)

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Desenvolve-se numa unidade de xistos com intercalações de metavulcanitos básicos e lentículas carbonatadas, pelo que apresenta uma estrutura multicamada, com permeabilidade essencialmente do tipo fissural e regime semiconfinado.

UNIDADES AQUÍFERAS:

As unidades xistosas do Silúrico e do Complexo Xisto-Grauváquico contribuem para o confinamento do aquífero hidromineral.

As unidades do Ordovícico facilitam a recarga, a circulação e a ascensão da água de Corgas-Buçaco.

MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

Admite-se que o processo de recarga se efetue no flanco SW do sinclinal do Buçaco, constituindo as famílias de fraturação regionais as principais condutas hidráulicas.

circulação deverá dar-se em dois sentidos: subhorizontal de NW para SE, paralelamente ao eixo do sinclinal e preferencialmente ao longo das bancadas de vulcanitos e carbonatos; subvertical ascendente, potenciada pela fraturação regional.

A descarga natural do aquífero corresponde à “Fonte das Corgas” associada a processos de artesianismo e é controlada pelo padrão estrutural da fraturação, nomeadamente pela fraturação N-S, bem como pela natureza confinante das rochas encaixantes.

63MODELO

Adaptado de Rocha et al.(2019)

Estudo do Microbismo Natural

Assinatura Hidrobiómica (espécies exclusivas)

F3: Campylobacter concisus

      Streptomyces thermoluteus

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água bicarbonatada, indica uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 4%) ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, entre as quais Betaproteobacteria (27,24%) e Alphaproteobacteria (26,99%) têm presença maioritária. A classe Betaproteobacteria é predominante nas amostras colhidas no outono F3 (35,88%) e F7 (30,47%) e, por sua vez, Alphaproteobacteria predomina nas amostras colhidas na primavera F1 (23,85%) e F5 (70,47%), constatando que estas duas classes variam em proporção inversa, ou seja, nas amostras em que Betaprotebacteria é mais frequente Alphaproteobacteria tem menor representatividade e vice-versa. 

63classe

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

Na classificação ao nível de género, por comparação, verifica-se que nas amostras F3-F7 (outono) os géneros Dechloromonas, Thiomonas e Thermodesulfovibrio (também identificado em F1) são os mais representativos, no entanto os géneros Methylibium, Thermodesulfatator e Gallionella também caracterizam estas comunidades microbianas, estando representados na mesma época (outono) em anos hidrológicos diferentes (2017 e 2018). Nas amostras F1-F5 (primavera) predominam os géneros Methylobacterium e Mycobacterium, contudo não são comuns em ambas as amostras desta época.

63GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sphingomonas yabuuchiae, Methylobacterium goesingense, Sphingobium xenophagum, Thiomonas perometabolis, Methylobacterium jeotgali, Mycobacterium vanbaalenii, Variovorax paradoxus, Azospira oryzae, Sphingobium amiense, Dechloromonas aromatica, Thermodesulfatator atlanticus, entre outras. Destes microrganismos Mycobacterium vanbaalenii pode ter aplicabilidade em processos de biorremediação (Ashraf A Khan, et al., 2002) e Sphingomonas sanxanigenens pode produzir moléculas bioativas, como biopolímeros (Hai-Dong Huang, et al., 2009).

63DIVERSIDADE

A diversidade bacteriana e riqueza específica é maior nas amostras F1 e F3, contrariamente às amostras F5 e F7. Os valores de OTUs obtidos variam de 367 a 716, entre a primeira (F1) e última (F7) amostras, indicando uma redução da riqueza específica em F5 e F7, devido à presença de géneros com maior representatividade (% reads) nestas amostras.

 

63VIAVEIS

 

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