Cardal

HM-77 - Cardal

Termalismo

CONCESSÃO

Cardal

MORADA:
Rua Dr. Henrique Botelho, 5450-027 Vila Pouca de Aguiar

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Vila Real
Concelho - Vila Pouca de Aguiar

ÁREA DA CONCESSÃO:
72,54 ha

DATA DO CONTRATO:
07-05-2019

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Por fixar

Concessionário

Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar

Captação

FC1

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

utilizacoes77

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Gasocarbónica
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Composição Secundária
Fluoretada
Mineralização
Hipersalina
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 06/09/2016
Mineralização Total - 2897 mg/L
pH - 6,3
Temperatura - 15,3 ⁰C
Condutividade Elétrica - 2480 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 6,3
Temperatura emerg. - 15,7 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica - Série dos granitos biotíticos tardi a pós-orogénicos.

mapa77

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

Afloram na área da concessão:

Depósitos cenozóicos

  • Aluviões  - de espessura variável, preenchem o vale de origem tectónica do rio Avelames.

Rochas graníticas hercínicas

  • Granito de Pedras Salgadas - biotítico, porfiróide, de grão médio.
  • Granito de Vila Pouca de Aguiar - biotítico, porfiróide, de grão médio a grosseiro.
TECTÓNICA:

O elemento estrutural dominante constitui o sistema de falhas de Penacova-Régua-Verin de direção NNE-SSW e com cerca de 200km de extensão. A tectónica regional associada a este acidente gerou um complexo sistema de fraturas de que resultou um mosaico de blocos levantados e deprimidos, de entre os quais se destaca o graben das Pedras Salgadas, no qual  se integra a concessão Cardal. Este sistema de falhas foi reativado diversas vezes em regime frágil e denuncia atividade tectónica recente, estando-lhe associadas diversas famílias de fraturas conjugadas. 

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

CARTA77

Adaptada da folha 6D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1998

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Granítico, fissurado, com permeabilidade moderada a baixa, de circuito longo e tempo de residência elevado, associado ao grande acidente tectónico de Penacova-Régua-Verin e seus conjugados.

 

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Sistema aquífero de águas superficiais  - desenvolvido em sedimentos associados à dinâmica fluvial do rio Avelames, com permeabilidade muito variável.
  • Sistema aquífero de águas não minerais - desenvolvido em contexto granítico nas camadas de alteração superficial, com circuitos subterrâneos curtos e permeabilidade baixa a muito baixa, dependente do grau de alteração local do maciço granítico.
  • Sistema aquífero de água mineral natural - desenvolvido em contexto granítico, com permeabilidade moderada, ou baixa a muito baixa, consoante o grau de fraturação local.

 

MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:
  • Origem/infiltração - as águas de origem meteórica que caem nas serras que contornam o graben das Pedras Salgadas, infiltram-se em especial nas zonas mais fraturadas e/ou arenizadas das rochas graníticas.
  • Percolação - flui até ao reservatório a profundidade de cerca 2km, onde a temperatura atinge valores elevados, o que, em conjunto com elevado tempo de residência, promove o incremento da mineralização típica destas águas. O enriquecimento em CO2 proveniente do manto é favorecido pelo sistema de falhas profundas que caracterizam a zona.
  • Descarga - ocorre nos sectores de cota mais baixa do graben de Pedras Salgadas e é condicionada por fatores hidrodinâmicos, geomorfológicos e geológico-estruturais.
Estudo do Microbismo Natural

 --- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classe representativa: Betaproteobacteria.

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água gasocarbónica, indica uma distribuição em 8 classes (?̅ ≥ 0,42%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, demonstrando a presença maioritária da classe Betaproteobacteria (75,09%), predominante nas amostras F1 (94,37%) e F5 (85,48%) colhidas na primavera. As amostras colhidas no outono (F3-F7) revelam uma percentagem de reads (sequências) sem classificação elevada, de 13,78% e 28,64%, respetivamente.

77CLASSE

 

 --- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

Na classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se alguma estabilidade microbiológica nesta composição, apesar dos valores elevados de reads sem classificação nas amostras F3, F5 e F7. Observa-se a presença maioritária  dos géneros Gallionella, Zooglea e Rhodoferax (presentes nas quatro amostras), seguidos por Propionivibrio (sem presença em F3). Nas amostras F1-F5, os géneros mais predominantes são Gallionella e Zooglea, enquanto que nas amostras F3-F7, predominam Gallionella e Rhodoferax. Estes resultados permitem caracterizar com robustez este hidrogenoma.

77GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Acidovorax temperans, Zoogloea resiniphila, Zoogloea oryzae, Burkholderia ubonensis, Rhodoferax ferrireducens, Propionivibrio dicarboxylicus e Sphingomonas yabuuchiae. Destes microrganismos identificados Zoogloea resiniphila, por exemplo, pode ter aplicabilidade em processos de biorremediação (Na Gao, et al., 2018).

77DIVERSIDADE

A amostra F5 apresenta maior índice da diversidade (H’ = 2,319), relativamente às outras amostras (F1, F3 e F7). Os valores de OTUs que caracterizam esta água mineral natural variam de 50 a 330, entre as amostras F5 e F3. As amostras F1-F5 (primavera) apresentam menor riqueza específica, devido à representatividade dominante da classe Betaproteobacteria (géneros Gallionella e Zoogloea).

 

77VIAVEIS

 

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