Caldelas

MIN-06 - Caldelas

Termalismo

CONCESSÃO

Caldelas

MORADA:
Termas de Caldelas, 4720-263 Amares

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Braga
Concelho - Amares

ÁREA DA CONCESSÃO:
149,00 ha

DATA DO CONTRATO:
21-01-1920

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Por fixar

Concessionário

Empresa das Águas Minero-Medicinais de Caldelas, S.A.

Captação

AC6

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças da pele
Doenças do aparelho circulatório
Doenças do aparelho digestivo
Doenças ginecológicas
Doenças metabólico-endócrinas
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
Doenças sistema nervoso
utilizacoesMIN06

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Bicarbonatada
Composição Principal
Bicarbonatada Cálcico-Sódica
Composição Secundária
Fluoretada
Mineralização
Hipossalina
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 21/12/2018
Mineralização Total - 143 mg/L
pH - 8,0
Temperatura - 32,3 ⁰C
Condutividade Elétrica - 149 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 8,1
Temperatura emerg. - 31,0 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica - Série dos granitos hercínicos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós-orogénicos.

mapamin06

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

A área da concessão ocorre numa zona de contacto entre dois tipos de rochas graníticas hercínicas tardi-orogénicas:

  • Granito de duas micas, com biotite dominante, de tendência porfiróide e grão fino a médio.
  • Granito monzonítico de duas micas, com biotite dominante, porfiróide, de grão médio.

A cortar os granitos é frequente a ocorrência de rochas filonianas de composição básica, que preenchem fraturas resultantes da atuação das fases terminais da orogenia hercínica.

TECTÓNICA:

Como elemento estrutural principal destaca-se a falha de Caldelas de orientação ENE-WSW que materializa o alinhamento do vale do ribeiro do Alvito. Como estruturas secundárias ocorrem quatro sistemas de falhas de atitudes: N70°E, subverticais; N30°-40°E, verticais; N35°-45°W, subverticais e N15°-20°W. O diaclasamento regista direções dominantes concordantes com o padrão de fraturação.

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

CARTAMIN06

Adaptada da folha 5B Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1974 e da folha 1 da Carta Geológica de Portugal à escala 1:200.000, LNEG-1989

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Desenvolve-se em rochas graníticas e apresenta permeabilidade fissural condicionada pelo grau de fraturação que afeta localmente o maciço granítico.

UNIDADES AQUÍFERAS:

Admite-se a existência de dois sistemas aquíferos sobrepostos:

  • Um sistema aquífero superficial composto por granito alterado e por depósitos colúvio-aluvionares.
  • Um sistema aquífero profundo, descontínuo, em que a permeabilidade é conferida pelo grau de fraturação do granito.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

As nascentes de Caldelas situam-se no fundo do vale do ribeiro do Alvito, um vale de origem tectónica controlado pela falha de Caldelas. A circulação da água do tipo Caldelas parece estar associada a esta falha e a um conjunto de numerosas falhas e fraturas transversais, onde o granito se encontra intensamente fraturado.

Tendo em conta as temperaturas registadas nas emergências mesotermais das águas de Caldelas e os resultados da aplicação de geotermómetros, deduz-se uma temperatura no reservatório da ordem dos 70°C, pelo que a circulação será relativamente profunda, e a ascensão rápida ao longo das fraturas que cortam o maciço granítico.

Estudo do Microbismo Natural

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classe representativa: Betaproteobacteria.

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água bicarbonatada, revela uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 2,35%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, demonstrando que Betaproteobacteria (71,56%) tem presença maioritária nestas comunidades, sendo predominante nas amostras F3 (86,14%) e F7 (95,22%), colhidas no outono, e menos frequente na amostra F1 (31,25%). A classe Deltaproteobacteria não tem expressão na amostra F5. A primeira amostra colhida (F1) apresenta um perfil taxonómico mais equilibrado entre as diferentes classes, indicando também uma percentagem de reads (sequências) sem classificação mais elevada (11,55%).

MIN06CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

Na classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se alguma estabilidade microbiológica na composição destas comunidades bacterianas, demonstrada pela predominância dos géneros Zoogloea (em todas as amostras), Methyloversatilis (predominante em F1 e F7, mas presente nas quatro amostras) e Dehloromonas (sem presença em F1). Os géneros Deinococcus, Thermodesulfovibrio, embora com menor representatividade, marcam presença nas amostras F1-F5 e F3, tal como Mycobacterium comum entre as amostras F1 e F3.

MIN06GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Zoogloea oryzae, Dechloromonas hortensis, Dechloromonas aromatica, Thermodesulfovibrio thiophilus, Zoogloea resiniphila e Methyloversatilis universalis. Destes microrganismos identificados Dechloromonas aromatica pode ter aplicabilidade em processos de biorremediação (kennan kellaris Salinero, et al., 2009).

MIN06DIVERSIDADE

Na primeira amostra colhida (F1) o índice da diversidade é mais elevado, apresentando uma distribuição em classes e géneros mais equilibrada, em comparação com as outras amostras. Os valores de OTUs que caracterizam esta água mineral natural variam de 172 a 457, entre as amostras F7 e F5 do ano hidrológico de 2018. A redução da riqueza específica na última amostra colhida (F7), deve-se à menor representatividade do género Dechloromonas e ausência dos géneros Thermodesulfovibrio e Deinococcus.

 

MIN06VIAVEIS

 

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