Caldas de S. Paulo

HM-79 - Caldas de S. Paulo

Termalismo

CONCESSÃO

HM-79

MORADA:
Avenida Principal nº1 - Caldas de S. Paulo, 3400-521 Oliveira do Hospital

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Coimbra
Concelho - Oliveira do Hospital

ÁREA DA CONCESSÃO:
17,72 ha

DATA DO CONTRATO:
26-05-2018

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Publicitado
Aviso n.º 16080/2018, DR n.º 215, Série II de 8-11-2018

Concessionário

CRAPTUR - Apartamentos Turísticos Unipessoal, Lda.

Captação

F1-CSP

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

UtilizacoesHMP25

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Sulfúrea
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Fluoretada
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 03/11/2015
Mineralização Total - 550 mg/L
pH - 8,6
Temperatura - 28,1 ⁰C
Condutividade Elétrica - 611 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 8,6
Temperatura emerg. - 26,6 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica - Série dos granitos hercínicos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós-orogénicos.

MAPAHMP25

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

A área da concessão desenvolve-se no Granito de Tábua, um granito hercínico tardi a pós-orogénico, do tipo calco-alcalino, essencialmente biotítico, porfiróide, de grão grosseiro. O granito encontra-se, frequentemente, cortado por rochas filonianas de quartzo e de aplito-pegmatito.

TECTÓNICA:

Do ponto de vista tectónico, esta região é cortada pela falha de Seia-Lousã, considerada ativa no contexto tectónico atual, e que se dispõe segundo a orientação N35°-50°E, ligeiramente mergulhante para SE. A nível local, estão presentes duas famílias de fraturas principais: E-W a ENE-WSW e N45°-60°W, ambas subverticais.

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

CARTAHMP25

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:500.000, LNEG-1992

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Desenvolve-se em rocha granítica porfiróide de grão grosseiro, com permeabilidade fissural, confinado a semiconfinado, com circulação profunda e tempo de residência elevado.

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Rochas graníticas alteradas - camada de alteração superficial das rochas graníticas, de espessura muito irregular, dando localmente origem a aquíferos de permeabilidade muito variável.
  • Rochas graníticas fraturadas - rochas graníticas sãs, fraturadas por ação da tectónica local, o que origina diferentes trajetos de circulação subterrânea e sistemas aquíferos a diversas profundidades, sendo o aquífero hidromineral um exemplo.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A recarga do sistema aquífero hidromineral resulta da infiltração das águas provenientes da precipitação atmosférica. A intensa fraturação do maciço granítico proporciona uma circulação longa e profunda e a aquisição de sulfuração, bem como o aumento da temperatura. A emergência é condicionada pela fraturação associada à falha que condicionou o vale do rio Alva - a falha Seia-Lousã.

MODELOHMP25

Adaptado de Cavaleiro, V. P. (2018)

Estudo do Microbismo Natural

Assinatura Hidrobiómica (espécies exclusivas)

F7: Pseudoxanthomonas indica

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classe representativa: Betaproteobacteria.

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, revela uma distribuição em 8 classes (?̅ ≥ 0,99%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, demonstrando a presença maioritária da classe Betaproteobacteria (50,16%), seguida por Alphaproteobacteria (16,41%) e Clostridia (15,21%). A classe Flavobacteria só tem presença nas amostras F5 e F7 do ano hidrológico de 2018, enquanto que Nitrospira apenas tem presença nas amostras F3 e F7 colhidas no outono. Actinobacteria não tem expressão na amostra F7.

HMP25CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

a classificação ao nível de género, por comparação das amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que existe uma grande variabilidade de géneros identificados, com percentagens de reads (sequências) bastantes distintas, bem como uma percentagem elevada de reads sem classificação, em cada uma das amostras. Contudo, distinguem-se com presença maioritária os géneros Rubrivivax (apenas em F1), Sulfuritalea e Thiobacillus (presentes em F3, F5 e F7), Methylobacterium (apenas em F7). Brevundimonas, Methyloversatilis e Desulfobulbus estão presentes em F3 e F5. Caulobacter é comum nas amostras F1-F5 (primavera). O género Tepidanaerobacter marca presença nas quatros amostras.

HM925GENERO

 

 --- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Methylobacterium radiotolerans, Thiomonas intermedia, Tepidanaerobacter syntrophicus, Thiobacillus sajanensis, Methyloversatilis universalis, Thiobacillus thioparus e Caulobacter crescentus. Destes microrganismos identificados Caulobacter crescentus pode produzir um adesivo biológico (polissacarídeo) com potenciais propriedades e aplicações médicas (Cécile Berne, et al., 2013).

HMP25DIVERSIDADE

A amostra F3 apresenta maior índice da diversidade, devido à maior uniformidade na distribuição em géneros, relativamente às outras amostras (F1, F5 e F7). Os valores de OTUs que caracterizam esta água mineral natural variam de 145 a 287, entre as amostras F1 e F5 colhidas na primavera, sendo F5 a que apresenta maior riqueza específica, tendo em conta a presença dos géneros Sulfuritalea, Thiobacillus, Brevundimonas, Methyloversatilis e Desulfobulbus.

 

HM925VIAVEIS

 

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