Caldas de S. Lourenço

HM-55 - Caldas de S. Lourenço

Termalismo

CONCESSÃO

Caldas de S. Lourenço

MORADA:
Praça do Município, 5140-077 Carrazeda de Ansiães

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Bragança
Concelho - Carrazeda de Ansiães

ÁREA DA CONCESSÃO:
38,21 ha

DATA DO CONTRATO:
20-01-2005

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria 193/2012, DR 88, Série II, 07-05-2012

Concessionário

Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães

Captação

AC1

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças do aparelho respiratório
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
Wood

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Sulfúrea
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Fluoretada
Sulfidratada
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 10/07/2015
Mineralização Total - 376 mg/L
pH - 8,2
Temperatura - 32,7 ⁰C
Condutividade Elétrica - 166 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 8,0
Temperatura emerg. - 34,4 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica Série dos granitos hercínicos de duas micas, sin-orogénicos

55mapa

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

Na área da concessão afloram essencialmente rochas graníticas sin-orogénicas, representadas por uma unidade de granito de duas micas, com tendência porfiróide, de grão médio a grosseiro e uma unidade de quartzodiorito e tonalito.

A SW aflora ainda uma pequena mancha de metagrauvaques e filitos do Complexo Xisto-Grauváquico de idade Neoproterozóico-Câmbrico.

TECTÓNICA:

Do ponto de vista estrutural destacam-se as falhas de orientação NNE-SSW, paralelas a duas estruturas tectónicas maiores que atravessam a zona N do país: a E da área da concessão a falha de Penacova-Régua-Verin e,  a W, a falha de Manteigas-Vilariça-Bragança. Destaca-se ainda a provável falha do vale do rio Tua com orientação ENE-WSW. Localmente ocorre intenso diaclasamento segundo as direções anteriormente referidas e ainda segundo NNW-SSE.

 

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

55CARTA

Adaptada das folhas 10B, 10D e 11C da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-2015, 1987, 1988

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Assenta em rochas graníticas intensamente fraturadas, com permeabilidade fissural, em geral baixa, com circulação profunda e tempo de residência elevado.

UNIDADES AQUÍFERAS:

A camada superficial de granito alterado constitui um sistema aquífero descontínuo, de espessura muito variável, que  funciona quer como aquífero poroso, quer como aquitardo, dependendo do grau de arenização local da rocha granítica.

Subjacente a esta camada de alteração surge o maciço granítico fraturado, com permeabilidade fissural variável consoante o grau de fraturação local.

MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

O funcionamento do sistema aquífero hidromineral parece estar ligado aos seguintes mecanismos:

  • Infiltração de águas meteóricas nos vales encaixados que caracterizam a região.
  • Circulação ao longo de acidentes profundos, o que permite a mistura com fluidos hidrotermais e a aquisição da sulfuração que caracteriza este recurso.
  • Emergência controlada pela conjugação de fatores de natureza estrutural e geomorfológica, nomeadamente as falhas que controlam o vale muito encaixado do rio Tua.
Estudo do Microbismo Natural

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Clostridia e Gammaproteobacteria.

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, indica uma distribuição em 8 classes (?̅ ≥ 3,63%) ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, entre as quais Clostridia (21,02%) e Gammaproteobacteria (11,76%) são as mais representativas, no entanto, os valores de reads (sequências) sem assignação taxonómica é mais elevado (25,07%).

Por outro lado, as classes Actinobacteria, Nitrospira e Deltaproteobacteria revelam resultados equitativos entre si, apresentando uma percentagem de reads da ordem de 6%.

55CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

Relativamente à classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica‑se que a percentagem de reads sem classificação é muito significativa (∼40%). Contudo, os géneros mais representativos que caracterizam estas comunidades bacterianas são Thermodesulfovibrio (presente em todas as amostras), Streptosporangium (nas amostras F1-F5 da primavera e F3), Tepidanaerobacter (em F1 e nas amostras F3-F7 do outono), Treponema e Thiofaba (ambos os géneros presentes nas amostras F3-F7).

55GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Aminiphilus circumscriptus, Tepidanaerobacter syntrophicus, Longilinea arvoryzae, Carboxydocella ferrireducens, Planifilum fimeticola, Chlorobaculum limnaeum e Thermodesulfovibrio aggregans. Destes microrganismos identificados Chlorobaculum limnaeum produz moléculas potencialmente bioativas como bacterioclorofila e carotenoides (Marcus Tank, et al., 2017).

55DIVERSIDADE

As amostras F1-F5 (primavera) apresentam maior diversidade bacteriana do que as amostras F3-F7 (outono). Os valores de OTUs obtidos variam de 135 a 262, entre as amostras colhidas no outono, verificando-se maior riqueza específica na amostra F3, diminuindo na última amostra analisada (F7), visível pela respetiva distribuição em géneros.

 

55VIAVEIS

 

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