Caldas de Penacova
HM-22 - Caldas de Penacova
CONCESSÃO
MORADA:
Mata das Caldas, 3360-192 Penacova
LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Coimbra
Concelho - Penacova
ÁREA DA CONCESSÃO:
66,81 ha
DATA DO CONTRATO:
02-06-1997
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 98/2016, DR 78, Série I, 21-04-2016
Concessionário
Águas das Calsas de Penacova, S.A.
Captação
Penacova 3
Tipo
furo
SETOR DE ATIVIDADE
Engarrafamento
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA
Localização
Zona Centro-Ibérica - Sinclinal do Buçaco.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
- Aluviões - depósitos de natureza argilo-arenosa.
- Depósitos de vertente - resultam da desagregação das rochas ordovícicas e acumulam-se de forma caótica nas encostas ou na base dos relevos mais pronunciados.
- Ordovícico inferior - quartzitos que constituem o relevo de dureza da serra do Buçaco, quartzitos com intercalações de xistos, e metaconglomerados que assentam em discordância sobre o Complexo Xisto-Grauváquico.
- Neoproterozóico-Câmbrico - Complexo Xisto-Grauváquico - metagrauvaques, quartzitos impuros e filitos.
Caracterizam a zona dois elementos estruturais principais:
- O sinclinal do Buçaco orientado a NW-SE, cujo flanco NE constitui a serra do Buçaco.
- A falha de Penacova de orientação N20°- 40°E que mergulha subverticalmente para NW, constitui um ramo da megaestrutura de Penacova-Régua-Verín. Trata-se de um desligamento esquerdo tardi-hercínico com componente normal de abatimento do bloco WNW. O rio Mondego encontra-se instalado ao longo desta falha.
Ocorrem ainda falhas de menor dimensão e intenso diaclasamento com orientações sensivelmente paralelas à falha principal.
CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO
Adaptada de Duarte, P. ( 2010)
HIDROGEOLOGIA
Suportado por rochas quartzíticas fraturadas do Ordovícico inferior, do flanco NE do sinclinal do Buçaco. A baixa solubilidade dos quartzitos confere ao recurso uma mineralização muito baixa. O fluxo hídrico subterrâneo faz-se de NW para SE a partir do vértice geodésico Portela de Oliveira.
Os quartzitos constituem o sistema aquífero principal, de tipo fissurado, destacando-se um sistema de circulação superficial não mineral e um sistema de circulação mais profunda de água mineral.
A recarga faz-se a partir das águas meteóricas infiltradas ao longo das fraturas e diaclases na zona aplanada e flancos da serra do Buçaco, a NW de Penacova.
A circulação subterrânea, de NW para SE, é fortemente condicionada pela orientação da estrutura geológica. Presume-se que a profundidade máxima de circulação seja de 500m a 700m.
A descarga é controlada por fatores topográficos e tectónicos - o vale do Mondego e a falha de Penacova.
Adaptado de A. S. Oliveira, 2019
--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---
Classes representativas: Betaproteobacteria, Alphaproteobacteria e Gammaproteobacteria.
Os valores obtidos na composição taxonómica por classe, das comunidades bacterianas desta água hipossalina, revelam uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 2,85%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e 2018, indicando a predominância de três classes, Betaproteobacteria (33,59%), Alphaproteobacteria (17,25%) e Gammaproteobacteria (16,96%). A presença de várias classes sem dominância neste perfil taxonómico, aponta para a baixa seletividade das características desta água sobre as comunidades existentes.
--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---
Na classificação taxonómica ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se uma elevada variabilidade na composição destas comunidades bacterianas, possivelmente devido às características físico-químicas desta água menos seletivas. Foram identificados diversos géneros, variáveis de amostra para amostra que caracterizam este hidrogenoma, quer pela sua predominância quer pela sua presença em mais do que uma amostra, nomeadamente Gallionella (F1-F5 e F7), Thiofaba (F5), Methylobacterium (F5), Actinoallomorus (F1 e F7), Thermoanaerobacter (F1 e F7), Paucibacter (F5 e F7) e Sphingomonas (F1-F5 e F7).
--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---
As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sphingomonas oligophenolica, Methylobacterium radiotolerans, Thermoanaerobacter bacterinferii, Actinoallomurus luridus. Destes microrganismos identificados Actinoallomurus luridus, por exemplo, é uma bactéria descrita como capaz de degradar polissacarídeos (Tomohiko, et al., 2009).
A diversidade bacteriana é maior na primeira (F1) e última (F7) amostras. Os valores de OTUs obtidos que caracterizam esta água variam de 29 a 504, entre as amostras F3 e F5. A redução acentuada da riqueza específica na amostra F3, provavelmente deve-se à diminuição da representatividade da classe Betaproteobacteria relativamente a F1 e à ausência da classe Nitrospira comparativamente com as outras amostras (F1, F5 e F7).