Caldas de Moledo

HM-32 - Caldas de Moledo

Termalismo

CONCESSÃO

Mountain village

MORADA:
Castelo de S. Tiago da Barra, 4900-360 Viana do Castelo

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Vila Real
Concelho - Peso da Régua

ÁREA DA CONCESSÃO:
50,01 ha

DATA DO CONTRATO:
16-10-1998

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 285/2005, DR 56, Série I-B, 21-03-2005

Concessionário

Turismo do Porto e Norte de Portugal, E.R.

Captação

AC1

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

Tree

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Sulfúrea
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Carbonatada
Fluoretada
Sulfidratada
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 07/02/2018
Mineralização Total - 263 mg/L
pH - 9,3
Temperatura - 45,0 ⁰C
Condutividade Elétrica - 313 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 8,8
Temperatura emerg. - 44,0 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica Rochas metassedimentares do Neoproterozóico-Câmbrico.

32MAPA

 Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

Na área da concessão das Caldas de Moledo ocorrem fundamentalmente rochas metassedimentares de natureza turbidítica do Complexo Xisto-Grauváquico representado, localmente, por metapelitos de cor cinzenta clara a escura, alternado com níveis metapsamíticos esbranquiçados. Intercalam alguns níveis de rochas calcossilicatadas. Ocorrem ainda com muita frequência filões e massas de aplito-pegmatitos. No vale do rio Douro são frequentes depósitos recentes de aluviões e de terraços fluviais.

 

TECTÓNICA:

O elemento estrutural dominante é o sistema de falhas de Penacova-Régua-Verin de orientação geral NNE-SSW, que será responsável pela circulação profunda e pela ascensão do recurso hidromineral. Outras estruturas de relevo, como o cisalhamento de Vigo-Régua e a falha do rio Douro, com orientações N135°E a N150°E, terão papel relevante, respetivamente, na recarga e na ascensão do recurso hidromineral. Toda a rede de drenagem local apresenta, frequentemente, sinais de controlo tectónico, com troços retilíneos, inflexões súbitas e paralelismos entre conjuntos de linhas de água.

 CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

32CARTA

Adaptada da folha 10C da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1967

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Caracteriza-se por um circuito hidrogeológico com recarga em zonas distantes, trajeto longo e profundo e tempo de residência elevado. Apresenta artesianismo repuxante em todas as perfurações já realizadas, pelo que se trata de um sistema confinado. A intensa fraturação local confere-lhe permeabilidade fissural elevada.

 

UNIDADES AQUÍFERAS:

Na zona das Caldas de Moledo, coexistem 3 sistemas aquíferos sobrepostos e  interrelacionados:

  • Um sistema superficial, livre, com circulação de águas normais.
  • Um sistema de profundidade intermédia, confinado, onde circulam também águas normais.
  • Um sistema profundo, confinado, onde circula o recurso hidromineral.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A infiltração e recarga dar-se-ão preferencialmente a NW e WNW da concessão. O cisalhamento de Vigo-Régua terá papel fundamental não só na recarga, mas também na fase inicial do fluxo subterrâneo. A circulação a profundidades elevadas e o armazenamento profundo deverão estar associados à megaestrutura de Penacova-Régua-Verin, conjuntamente com a falha do rio Douro. As diversas fraturas com orientação NNE-SSW a NE-SW, paralelas e subparalelas ao acidente principal, serão as principais responsáveis pelo transporte dos fluidos profundos até à superfície.

32MODELO

Adaptado de Espinha Marques et. al. 2003

Estudo do Microbismo Natural

 --- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Betaproteobacteria e Deltraproteobacteria.

A composição taxonómica por classe, das comunidades bacterianas desta água mineral natural, indica uma distribuição em 7 classes (?̅  ≥ 1,87%), com a presença principal de Betaproteobacteria (27,66%) e Deltaproteobacteria (24,34%), variando significativamente entre as amostras analisadas (desvios padrão 21,18). Nas amostras F1-F5 (primavera) a classe Deltaproteobacteria é a mais representativa, enquanto que nas amostras F3-F7 (outono) é a Betaproteobacteria, predominante na amostra F3 (85,44%), na qual a percentagem de reads (sequências) sem classificação é menor (1,73%).

CLASSE32

 

 --- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

A composição taxonómica ao nível de género, por comparação das amostras F1-F5 e F3-F7, mostra que este hidrogenoma é caracterizado pelos géneros Desulfomonile e Ectothiorhodospira. Verifica-se que os valores apresentados são concordantes com os resultados ao nível de classe, observando-se na amostra F3 a predominância evidente dos géneros Rubrivivax e Comamonas (classe Betaproteobacteria). É visível um padrão de distribuição em géneros análogo por época. Nas amostras F1-F5 (primavera) destacam-se os géneros Desulfomonile e Ectothiorhodospira e, por sua vez, nas amostras F3-F7 (outono) destacam-se os géneros Rubrivivax, Ectothiorhodospira Methyloversatilis.

GENERO32

 

 --- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Desulfomonile tiedjei, Ectothiorhodospira haloalkaliphila, Pelomonas saccharophila, Fervidobacterium pennivorans, Pseudomonas azotoformans, Clostridium tepidiprofundi, Thermodesulfovibrio aggregans e Sphingomonas asaccharolytica. Destes microrganismos identificados Fervidobacterium pennivorans é descrito como capaz de degradar polissacarídeos (Yong-Jik Lee, et al.,2015), o que poderá eventualmente relacionar-se com o tratamento de doenças de pele.

DIVERSIDADE32

A diversidade das comunidades bacterianas é menor nas amostras F1 e F3 colhidas em 2017, entre as quais se verifica uma variação de OTUs de 56 a 303 que caracteriza esta água sulfúrea. O aumento acentuado da riqueza específica na amostra F3, deve-se à maior representação da classe Betaproteobacteria (85,44%).

 

32VIAVEIS

 

 

 

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