Caldas de Aregos

HM-24 - Caldas de Aregos

Termalismo

CONCESSÃO

Aerial photography

MORADA:
Avenida Rebelo Moniz, 4660-212 Resende

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Viseu
Concelho - Resende

ÁREA DA CONCESSÃO:
50,00 ha

DATA DO CONTRATO:
06-11-1997

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 44/2017, DR 21, Série I, 30-01-2017

Concessionário

Câmara Municipal de Resende

Captação

AC1

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças do aparelho respiratório
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
Swimming pool

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Sulfúrea
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Fluoretada
Sulfidratada
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 08/03/2016
Mineralização Total - 341 mg/L
pH - 9,1
Temperatura - 61,8 ⁰C
Condutividade Elétrica - 361 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 9,0
Temperatura emerg. - 61,8 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica Série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós-orogénicos.

24mapa

 Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

Na área da concessão afloram:

  • Monzogranito - predominantemente biotítico, porfiróide, de grão fino, médio, ou grosseiro. É uma rocha granítica hercínica, tardi a pós-orogénica.
  • Filões de quartzo - ocorrem ainda alguns filões de quartzo que preenchem fraturas orientadas segundo as principais direções estruturais.
TECTÓNICA:

Salienta-se a extensa falha de direção NW-SE - a falha das Caldas de Aregos - que atravessa o rio Douro e que originou os vales por onde correm as ribeiras que com ele confluem:  a de Trancoso na margem direita e a de Sextas na margem esquerda.

Destacam-se 3 famílias de diaclases: N45°W, com inclinações de 60°-70° para SW; NNE-SSW mais espaçadas e N-S.

 

 CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

24CARTA

Adaptada das folhas  10C e 14A da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1967, 1968

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Suportado pela unidade granítica monzonítica, com permeabilidade fissural  condicionada pela fraturação, e profundidade de circulação estimada em 3000m. Apresenta artesianismo e elevada temperatura à superfície.

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Aquífero superior - de águas superficiais, com circulação intergranular, constituído pela zona de alteração superficial do granito, de espessura muito irregular e permeabilidade muito variável e dependente da presença, ou não, de argilas em resultado da alteração do granito. O escoamento dá-se em direção ao rio Douro.
  • Aquífero intermédio - de circulação fissural a intergranular, constitui uma interface entre as águas superficiais e profundas.
  • Aquífero profundo - de circulação fissural profunda, e ascensão rápida nas zonas de maior fraturação das imediações do acidente tectónico profundo, o que permite a emergência da água mineral natural com elevada termalidade.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:
  • Recarga - a partir da infiltração de águas meteóricas em setores de fraturação profunda, preferencialmente ao longo do vale da ribeira de Sextas.
  • Circulação - fissural, a profundidade estimada em cerca de 3000m onde o fluido atingirá temperatura da ordem dos 106°C e onde se darão misturas com fluidos hidrotermais.
  • Ascensão e emergência - controladas por uma rede de fraturação maior e de diaclases com a mesma direção da megaestrutura regional e, eventualmente, por uma rede de filões que cortam o granito.
Estudo do Microbismo Natural

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classe representativa: Gammaproteobacteria.

Os valores obtidos na composição taxonómica por classe, das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, indicam uma distribuição em 10 classes (?̅ ≥ 3,80%), entre as quais Gammaproteobacteria é a mais representativa (44,12%). No entanto, esta classe não está representada na amostra F7 e destaca-se na amostra F1 pela sua predominância evidente (93,12%). Verifica-se assim, uma grande variabilidade na composição das quatro amostras analisadas (F1 a F7) e uma elevada percentagem de reads (sequências) sem classificação (29,58%), na última amostra colhida (F7).

24CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

Na classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera), os géneros Pseudomonas, Thermodesulfovibrio e Pelagicoccus caracterizam o bacteroma desta água sulfúrea. Nas amostras F3-F7 (outono), verifica-se que o género Thermodesulfovibrio predomina, no entanto, a composição do hidrogenoma altera, apresentando uma maior expressão dos géneros Edaphobacter, Candidatus Methylacidiphilum e Marinitoga.

24GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Edaphobacter modestus, Janthinobacterium lividum, Desulfomonile tiedjei, Pelagicoccus albus, Pelomonas saccharophila, Pseudomonas azotoformans, Pseudomonas plecoglossicida, Telmatospirillum siberiense e Thermodesulfovibrio aggregans. Destes microrganismos Janthinobacterium lividum, segundo a literatura, é capaz de produzir violaceína com ação antimicrobiana (Woo Taek Oh, et al., 2019). A espécie Pseudomonas azotoformans produz calcite (Siamak heidari Nonakaran, et al., 2015).

24DIVERSIDADE

A diversidade das comunidades bacterianas é mais elevada nas amostras F3 e F5, concordante com o maior número de OTUs, comparativamente com F1 e F7. Esta água mineral natural é caracterizada pela variação de OTUs de 83 a 331, entre as amostras F1 e F3 do ano hidrológico de 2017. A amostra F3 apresenta maior riqueza específica, devido à presença dos géneros Acinetobacter e Pelagicoccus. 

 

24VIAVEIS

 

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