Caldas das Taipas

HM-59 - Caldas das Taipas

Termalismo

CONCESSÃO

Caldas das Taipas

MORADA:
Largo das Termas, 4805-079 Caldas das Taipas

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Braga
Concelho - Guimarães

ÁREA DA CONCESSÃO:
50,01 ha

DATA DO CONTRATO:
23-09-2005

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria 138/2012, DR 48, Série II, 07-03-2012

Concessionário

Taipas Turitermas - Cooperativa de Interesse Público de Responsabilidade, Lda.

Captação

AC-P2

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças da pele
Doenças do aparelho respiratório
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
Tile

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Sulfúrea
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Fluoretada
Sulfidratada
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 30/12/2016
Mineralização Total - 243 mg/L
pH - 7,9
Temperatura - 30,0 ⁰C
Condutividade Elétrica - 297 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 8,0
Temperatura emerg. - 30,0 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica Série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós-orogénicos.

59mapa

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

Na área da concessão predominam as rochas graníticas  associadas à orogenia hercínica, representadas por um monzogranito biotítico, porfiróide, de grão grosseiro.

Sobre as rochas graníticas ocorrem depósitos aluvionares, constituídos por areias com seixos, que preenchem a planície aluvial do vale do rio Ave.

TECTÓNICA:

A região das Caldas das Taipas está afetada por uma tectónica intensa que define um modelo de fraturação paralelepipédico com malha retangular e que condicionou a instalação da rede hidrográfica, a qual se dispõe segundo as principais direções estruturais, ou seja, predominantemente segundo N15°±5°W e N70°±10°E.

 

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

59carta

Adaptada da folha 5D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-2000

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Desenvolve-se na unidade monzogranito porfiróide de grão grosseiro, com permeabilidade condicionada pela intensa fraturação que o afeta, sendo, no geral, baixa.

UNIDADES AQUÍFERAS:

Distinguem-se dois tipos de sistemas aquíferos:

Um, associado aos depósitos aluvionares superficiais, apresenta circulação intersticial e permeabilidade variável, geralmente baixa devido à existência de uma componente argilosa significativa.

Outro, associado às unidades graníticas, com circulação fissural dependente do grau de fraturação e produtividade, em geral, baixa.

MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A água mineral natural das Caldas das Taipas tem uma origem fundamentalmente meteórica com infiltração na envolvente do vale do rio Ave, sendo facilitada pela existência de uma complexa e densa rede de fraturas, mais ou menos profundas.

No percurso subterrâneo descendente, ao longo das duas famílias de fraturas presentes, a água adquire temperatura e sulfuração.

Durante a ascensão ocorre troca de calor com a rocha encaixante, pelo que na emergência a temperatura não ultrapassa os 30°C, sendo as emergências locais controladas pelo cruzamento das fraturas referidas, em conjugação com a localização em zona de fundo de vale do rio Ave.

Estudo do Microbismo Natural

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Gammaproteobacteria, Epsilonproteobacteria e Alphaproteobacteria.

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, indica uma distribuição em 8 classes (?̅ ≥ 2,14%) ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, entre as quais Gammaproteobacteria (51,52%), Epsilonproteobacteria (20,65%) e Alphaproteobacteria (18,74%) têm presença maioritária. No entanto, as classes Gammaproteobacteria (σ=40,04) e Alphaproteobacteria (σ=26,11) não estão representadas na primeira amostra colhida (F1) na primavera, apresentando uma variabilidade significativa, com valores de desvio padrão (σ) elevados.

59CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

No que respeita à classificação ao nível de género, comparando as amostras F3-F7 (outono), verifica-se que o hidrogenoma desta água é caracterizado pela presença dos géneros Sulfuricurvum e Thiobacillus no conjunto das três amostras analisadas. Por outro lado, existem outros géneros que não estão presentes em todas as amostras, mas apresentam uma expressão significativa, nomeadamente Acinetobacter (F3), Methylobacterium e Thiothrix (F7) e Dehalogenimonas (F1 e F7).

59GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Acinetobacter johnsonii, Sulfuricurvum kujiense, Acinetobacter tjernbergiae, Methylobacterium radiotolerans, Acinetobacter bouvetii, Methylobacterium mesophilicum, Pseudomonas viridiflava e Pseudomonas parafulva. Destes microrganismos identificados Acinetobacter bouvetii pode ter aplicabilidade em processos de biorremediação (D.Ortega-de la Rosa, et al., 2018) e Pseudomonas parafulva pode produzir compostos com ação antifúngica, útil no controlo biológico de plantas (Yu Zhang, et al., 2018).

59DIVERSIDADE

A amostra F3 apresenta maior diversidade bacteriana e riqueza específica, comparativamente a F1 e F7, devido à presença dos géneros Acinetobacter e Pseudomonas, havendo uma redução da riqueza específica na última amostra colhida (F7).

 

59VIAVEIS

 

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