Caldas das Murtas

HM-62 - Caldas das Murtas

Termalismo

CONCESSÃO

Property

MORADA:
Alameda Teixeira de Pascoaes, 4600-011 Amarante

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Porto
Concelho - Amarante

ÁREA DA CONCESSÃO:
43,78 ha

DATA DO CONTRATO:
25-05-2007

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Publicitado
Aviso n.º 20346/2019, DR n.º 243, Série II, de 18-12-2019.

Concessionário

Câmara Municipal de Amarante

Captação

AC3

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças do aparelho respiratório
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
Property

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Sulfúrea
Composição Principal
Cloretada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Fluoretada
Sulfidratada
Mineralização
Fracamente Mineralizada
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 31/08/2015
Mineralização Total - 228 mg/L
pH - 9,6
Temperatura - 22,9 ⁰C
Condutividade Elétrica - 310 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 9,6
Temperatura emerg. - 22,9 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica - Série dos granitos hercínicos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós-orogénicos.

62mapa

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:
  • Cenozóico:

Aluviões - areias e cascalheiras atuais, preenchem as principais linhas de água.

  • Rochas Graníticas:

Granito de Amarante - granito essencialmente biotítico, porfiróide, de grão grosseiro, pertencente à série dos granitos hercínicos tardi a pós-orogénicos.

  • Rochas filonianas:

Filões de aplito-pegmatito,

Brechas graníticas soldadas por quartzo.

TECTÓNICA:

Evidenciam-se dois importantes sistemas de falhas:

  • Um sistema de orientação NW-SE de que se destaca a falha de Amarante integrada numa estrutura de maiores dimensões - a zona de cisalhamento dúctil de Malpica-Lamego.
  • Um sistema de orientação preferencial NE-SW de que se destaca a falha responsável pelo encaixe do rio Tâmega.

 

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

62CARTA

Adaptada da folha 10C da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50 000, LNEG-1967

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Suportado por granito biotítico, porfiróide, de grão grosseiro, com permeabilidade fissural, circulação profunda e artesianismo.

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Formações aluvionares - de permeabilidade intersticial, cobrem a unidade granítica nos vales das principais linhas de água.
  • Zonas de granito alterado - muito descontínuas, com permeabilidade do tipo intersticial.
  • Formação granítica - com permeabilidade fissural, tanto mais elevada quanto maior a proximidade aos acidentes tectónicos locais.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A recarga resulta da infiltração das águas meteóricas ao longo da bacia hidrográfica do rio Tâmega.

A circulação é profunda e a emergência dá-se em consequência dos acidentes tectónicos locais que funcionam, quer como agentes de percolação vertical criando zonas de permeabilidade no maciço granítico, quer como barreiras à sua dispersão.

As exsurgências naturais existentes nesta zona aparecem associadas à  falha que condiciona o vale do rio Tâmega, numa faixa tectonizada com cerca de 1km de largura.

Estudo do Microbismo Natural

Assinatura Hidrobiómica (espécies exclusivas)

F3: Paenibacillus dendritiformis

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, indica uma distribuição em 8 classes (?̅ ≥ 3,54%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, entre as quais são predominantes Betaproteobacteria  (35,15%), Gammaproteobacteria  (16,34%) e Clostridia  (11,71%), no entanto, estas três classes apresentam uma variabilidade significativa, com valores de desvio padrão elevados (de 43,41, 20,67 e 11,88, respetivamente). A classe Betaproteobacteria tem presença quase total na amostra F1 (95,35%), Gammaproteobacteria não está representada na amostra F3, na qual Clostridia é maioritária (27,04%) e, por outro lado, a classe Anaerolineae apenas tem presença significativa na amostra F5 (10,88%).

62CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

A classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), revela uma composição de géneros muito variável entre as quatro amostras analisadas.

Nas amostras F1-F5 os géneros predominantes não são os mesmos, destacando-se nestas comunidades bacterianas Ralstonia, Thiobacillus e Sulfuritalea.

Nas amostras F3-F7 marcam presença nas duas amostras os géneros Treponema e Tepidanaerobacter (também presentes em  F1). O género Acinetobacter apenas tem presença maioritária em F7.

62GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Bellilinea caldifistulae, Desulfomonile tiedjei, Desulfobulbus elongatus, Methyloversatilis universalis, Thiomonas intermedia, Treponema paraluiscuniculi, Tepidanaerobacter syntrophicus, Mycobacterium frederiksbergense, Ralstonia pickettii, Limnobacter litoralis, entre outras. Estes microrganismos identificados podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação ou produzir metabolitos potencialmente bioativos.

62DIVERSIDADE

A diversidade bacteriana e riqueza específica é menor na primeira amostra colhida (F1). Os valores de OTUs que caracterizam esta água mineral natural variam de 103 a 469, verificando-se menor riqueza específica nas amostra primeira (F1) e última (F7) amostras, devido à maior representatividade dos géneros Ralstonia (71,95% em F1) e Acinetobacter (35,80% em F7).

 

62VIAVEIS

 

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