Caldas da Rainha

HM-14 - Caldas da Rainha

Termalismo

CONCESSÃO

Architecture

MORADA:
Paços do Concelho - Praça 25 de Abril, 2500-110 Caldas da Rainha

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Leiria
Concelho - Caldas da Rainha

ÁREA DA CONCESSÃO:
175,54 ha

DATA DO CONTRATO:
09-01-2018

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 26/2003, DR 9, Série I-B, 11-01-2003

Concessionário

Câmara Municipal das Caldas da Rainha

Captação

JK1

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
Doenças do aparelho respiratório
Doenças reumáticas e músculo-esqueléticas
Room

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Sulfúrea
Composição Principal
Cloretada Sódica
Sulfúrea
Composição Secundária
Sulfatada cálcica
Mineralização
Hipersalina
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 27/08/2019
Mineralização Total - 2935 mg/L
pH - 6,9
Temperatura - 34,0 ⁰C
Condutividade Elétrica - 4220 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 7,1
Temperatura emerg. - 33,6 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Bacias Meso-Cenozóicas Bacia Lusitaniana

14mapa

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:
  • Aluviões (Quaternário) - ocorrem nas planícies aluviais das principais linhas de água.
  • Pliocéncio - areias, argilas , lignitos e diatomitos.
  • Grés superiores (Jurássico Superior) - argilitos, arenitos e conglomerados.
  • Camadas de Alcobaça (Jurássico Superior) - alternâncias complexas de calcários margosos e arenosos, arenitos calcários, calcários bioclásticos e oolíticos e níveis margosos.
  • Margas de Dagorda (Triásico Superior-Hetangiano) - arenitos, siltitos e argilitos com níveis de evaporitos (gesso, anidrite, sal-gema).
  • Rochas ígneas - filões de dolerito olivínico de cor cinzenta esverdeada escura.
TECTÓNICA:

Destacam-se as seguintes estruturas tectónicas regionais:

  • Sinclinal de A-dos-Francos - estende-se para leste por mais de 15 km até à serra dos Candeeiros e influencia o fluxo regional das águas termominerais.
  • Anticlinal diapírico das Caldas da Rainha - constitui atualmente um extenso vale preenchido por sedimentos pliocénicos, cujos bordos salientes se apresentam em monoclinal com fortes inclinações.
  • Falha N-S - inclina 40° a 60° para E e põe em contacto o Jurássico Superior com os sedimentos evaporíticos.

 

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

14carta

Adaptada da folha 26D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1959

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Desenvolve-se na unidade "Camadas de Alcobaça", constituindo um sistema aquífero de águas mesotermais, confinado, selado no topo por camadas argilosas do Jurássico Superior e a oeste pela unidade evaporítica e pela falha que separa estas duas unidades, a qual facilita a ascensão da água que emerge em diversas nascentes conhecidas ao longo dela.

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Sistema aquífero superior - formações areníticas e argilosas da  unidade "Grés superiores", em geral de fraca permeabilidade.
  • Sistema aquífero confinado intermédio - formações de calcários margosos da unidade  “Camadas de Alcobaça”, de fraca permeabilidade, por onde circula o recurso hidromineral.
  • Sistema aquífero confinado inferior - calcários do Jurássico Médio em geral muito produtivos.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

O circuito da água terá origem na infiltração das águas meteóricas na vertente ocidental da Serra dos Candeeiros. A estrutura geológica local permite o escoamento subterrâneo ao longo do sinclinal de A-dos-Francos onde atingirá profundidade estimada em 1,6km. O extenso e profundo trajeto subterrâneo permite que a água adquira temperatura elevada (estimada em 60°C) e mineralização proporcionada pelas diversas litologias atravessadas. As particularidades geológicas permitem a ascensão da água quente e mineralizada junto à falha que limita a W o mesmo sinclinal e a E o anticlinal evaporítico das Caldas da Rainha.

14modelo

Adaptado de G. Zbyszewski (1959)

Estudo do Microbismo Natural

 

--- COMUNIDADE BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Epsilonproteobacteria e Gammaproteobacteria.

A composição taxonómica por classe, das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, indica uma distribuição em 8 classes (?̅ ≥ 0,11%), assinalada pela prevalência da classe Epsilonproteobacteria (84,27%), seguida por Gammaproteobacteria (9,20%) com menor abundância.

A classe Epsilonproteobacteria tem presença maioritária na amostra F7 (93,35%), Gammaproteobacteria predomina na amostra F3 (24,81%), enquanto que Betaproteobacteria é predominante em F1 (10,61%).

14CLASSE

 

--- COMUNIDADE BACTERIANAS POR GÉNERO ---

A classificação taxonómica ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), revela alguma uniformidade na composição destas comunidades, constituídas maioritariamente pelo género  Sulfuricurvum (não representado na amostra F1), seguido por Arcobacter (predominante em F1), Sulfurospirillum e Sulfurimonas (presentes nas quatro amostras), bem como Thiovirga (não presente na amostra F1). Nas amostras F1-F5 o género Thiobacillus é comum, enquanto que nas amostras F3-F7 está presente o género Campylobacter e Thiovirga com maior abundância.

14GENERO

 

--- COMUNIDADE BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sulfuricurvum kujiense, Thiovirga sulfuroxydans, Sulfurospirillum arcachonense, Sulfurimonas paralvinellae e Arcobacter marinus. A maior parte destes microrganismos identificados estão associados à metabolização do enxofre. Arcobacter marinus é uma bactéria halófila, tolerante à salinidade (Hye Min Kim, et al., 2010).

14DIVERISIDADE

A diversidade das comunidades bacterianas é maior nas amostras F3 e F5, colhidas em anos hidrológicos e épocas diferentes, nas quais a riqueza específica é também mais elevada comparativamente com F1 e F7. Houve uma redução acentuada da riqueza específica na última amostra estudada (F7).

14VIAVEIS

 

 

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