Caldas da Rainha
HM-14 - Caldas da Rainha
CONCESSÃO
MORADA:
Paços do Concelho - Praça 25 de Abril, 2500-110 Caldas da Rainha
LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Leiria
Concelho - Caldas da Rainha
ÁREA DA CONCESSÃO:
175,54 ha
DATA DO CONTRATO:
09-01-2018
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Fixado
Portaria n.º 26/2003, DR 9, Série I-B, 11-01-2003
Concessionário
Câmara Municipal das Caldas da Rainha
Captação
JK1
Tipo
furo
SETOR DE ATIVIDADE
Termalismo
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA
Localização
Bacias Meso-Cenozóicas - Bacia Lusitaniana
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
- Aluviões (Quaternário) - ocorrem nas planícies aluviais das principais linhas de água.
- Pliocéncio - areias, argilas , lignitos e diatomitos.
- Grés superiores (Jurássico Superior) - argilitos, arenitos e conglomerados.
- Camadas de Alcobaça (Jurássico Superior) - alternâncias complexas de calcários margosos e arenosos, arenitos calcários, calcários bioclásticos e oolíticos e níveis margosos.
- Margas de Dagorda (Triásico Superior-Hetangiano) - arenitos, siltitos e argilitos com níveis de evaporitos (gesso, anidrite, sal-gema).
- Rochas ígneas - filões de dolerito olivínico de cor cinzenta esverdeada escura.
Destacam-se as seguintes estruturas tectónicas regionais:
- Sinclinal de A-dos-Francos - estende-se para leste por mais de 15 km até à serra dos Candeeiros e influencia o fluxo regional das águas termominerais.
- Anticlinal diapírico das Caldas da Rainha - constitui atualmente um extenso vale preenchido por sedimentos pliocénicos, cujos bordos salientes se apresentam em monoclinal com fortes inclinações.
- Falha N-S - inclina 40° a 60° para E e põe em contacto o Jurássico Superior com os sedimentos evaporíticos.
CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO
Adaptada da folha 26D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1959
HIDROGEOLOGIA
Desenvolve-se na unidade "Camadas de Alcobaça", constituindo um sistema aquífero de águas mesotermais, confinado, selado no topo por camadas argilosas do Jurássico Superior e a oeste pela unidade evaporítica e pela falha que separa estas duas unidades, a qual facilita a ascensão da água que emerge em diversas nascentes conhecidas ao longo dela.
- Sistema aquífero superior - formações areníticas e argilosas da unidade "Grés superiores", em geral de fraca permeabilidade.
- Sistema aquífero confinado intermédio - formações de calcários margosos da unidade “Camadas de Alcobaça”, de fraca permeabilidade, por onde circula o recurso hidromineral.
- Sistema aquífero confinado inferior - calcários do Jurássico Médio em geral muito produtivos.
O circuito da água terá origem na infiltração das águas meteóricas na vertente ocidental da Serra dos Candeeiros. A estrutura geológica local permite o escoamento subterrâneo ao longo do sinclinal de A-dos-Francos onde atingirá profundidade estimada em 1,6km. O extenso e profundo trajeto subterrâneo permite que a água adquira temperatura elevada (estimada em 60°C) e mineralização proporcionada pelas diversas litologias atravessadas. As particularidades geológicas permitem a ascensão da água quente e mineralizada junto à falha que limita a W o mesmo sinclinal e a E o anticlinal evaporítico das Caldas da Rainha.
Adaptado de G. Zbyszewski (1959)
--- COMUNIDADE BACTERIANAS POR CLASSE ---
Classes representativas: Epsilonproteobacteria e Gammaproteobacteria.
A composição taxonómica por classe, das comunidades bacterianas desta água sulfúrea, indica uma distribuição em 8 classes (?̅ ≥ 0,11%), assinalada pela prevalência da classe Epsilonproteobacteria (84,27%), seguida por Gammaproteobacteria (9,20%) com menor abundância.
A classe Epsilonproteobacteria tem presença maioritária na amostra F7 (93,35%), Gammaproteobacteria predomina na amostra F3 (24,81%), enquanto que Betaproteobacteria é predominante em F1 (10,61%).
--- COMUNIDADE BACTERIANAS POR GÉNERO ---
A classificação taxonómica ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), revela alguma uniformidade na composição destas comunidades, constituídas maioritariamente pelo género Sulfuricurvum (não representado na amostra F1), seguido por Arcobacter (predominante em F1), Sulfurospirillum e Sulfurimonas (presentes nas quatro amostras), bem como Thiovirga (não presente na amostra F1). Nas amostras F1-F5 o género Thiobacillus é comum, enquanto que nas amostras F3-F7 está presente o género Campylobacter e Thiovirga com maior abundância.
--- COMUNIDADE BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---
As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sulfuricurvum kujiense, Thiovirga sulfuroxydans, Sulfurospirillum arcachonense, Sulfurimonas paralvinellae e Arcobacter marinus. A maior parte destes microrganismos identificados estão associados à metabolização do enxofre. Arcobacter marinus é uma bactéria halófila, tolerante à salinidade (Hye Min Kim, et al., 2010).
A diversidade das comunidades bacterianas é maior nas amostras F3 e F5, colhidas em anos hidrológicos e épocas diferentes, nas quais a riqueza específica é também mais elevada comparativamente com F1 e F7. Houve uma redução acentuada da riqueza específica na última amostra estudada (F7).