Areal

HM-30 - Areal

Termalismo e Engarrafamento

CONCESSÃO

Areal

MORADA:
Apartado 1044, 4466-955 S. Mamede de Infesta

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Vila Real
Concelho - Chaves

ÁREA DA CONCESSÃO:
50,08 ha

DATA DO CONTRATO:
30-03-1998

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Pedido

Concessionário

VMPS - Águas e Turismo, S.A.

Captação

Pedras Salgadas A3

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo e Engarrafamento

TIPO DE ÁGUA ENGARRAFADA:
Mineral natural gasocarbónica
Architecture

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Gasocarbónica
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Composição Secundária
Fluoretada
Mineralização
Hipersalina
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 25/06/2015
Mineralização Total - 3258 mg/L
pH - 6,4
Temperatura - 19,0 ⁰C
Condutividade Elétrica - 2760 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 6,4
Temperatura emerg. - 19,0 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica Série dos granitos biotíticos, tardi a pós-orogénicos.

30mapa

 Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

A água mineral natural de Areal ocorre no maciço granítico de Vila Pouca de Aguiar, numa zona de contacto entre duas das fácies graníticas que constituem este maciço instalado na fase final da orogenia hercínica: o granito de Pedras Salgadas, biotítico, porfiróide, de grão médio, e o granito de Vila Pouca de Aguiar, de características idênticas, mas de grão mais grosseiro. Encontram-se em geral muito esmagados e fraturados por ação da tectónica local.

O vale da ribeira de Oura encontra-se preenchido por aluviões constituídas por calhaus de diversas litologias no seio de uma matriz areno-argilosa.

TECTÓNICA:

O elemento estrutural dominante constitui o sistema de falhas de Penacova-Régua-Verin, com orientação geral NNE-SSW. Herdado da orogenia hercínica, foi múltiplas vezes reativado e apresenta atividade neotectónica com movimentação essencialmente de desligamento esquerdo.

Destacam-se ainda duas direções principais de fraturação: a mais frequente a variar de N-S a NNE-SSW e a segunda próxima de E-W (oscilando entre N65°E e N55°W).Todos os planos são sub-verticais, podendo apresentar inclinações de 70° a 80°.

 

 CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

30CARTA

Adaptada das folhas 6B e 6D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50 000, LNEG-1969, 1998

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

A água mineral natural de Areal emerge na mesma depressão tectónica que o recurso hidromineral de Vidago, em condições geo-estruturais idênticas, pelo que ambos apresentam características físico-químicas equivalentes.

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Sistema aquífero superficial - descontínuo e de dimensão reduzida, relacionado com as aluviões e os terraços fluviais da ribeira de Oura, com permeabilidade intersticial dominante.
  • Sistema aquífero intermédio - também descontínuo, de permeabilidade intersticial variável consoante o grau de alteração do granito, onde circulam águas hipossalinas a mesossalinas.
  • Sistema aquífero hidromineral - com circulação fissural típica de zonas graníticas fraturadas, com fluxo sub-vertical dominante e valores de permeabilidade baixos, onde circulam fluidos de origem profunda e de elevada mineralização.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A água de origem meteórica infiltra-se nas zonas de cota mais baixa e de maior permeabilidade. As condições tectónicas locais, caracterizadas em especial pela existência de um sistema de falhas profundas, permitem o enriquecimento da água em gás carbónico (CO2) proveniente das zonas superiores do manto terrestre e, ao mesmo tempo, induzem uma percolação lenta a profundidades moderadas, de que resulta a elevada mineralização, a baixa temperatura e o conteúdo em gás carbónico que caracterizam esta água mineral natural.

Estudo do Microbismo Natural

Assinatura Hidrobiómica*(espécies exclusivas)

F1: Leucobacter luti

*hidrogenoma consolidado 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Betaproteobacteria, Epsilonproteobacteria e Clostridia.

Os valores obtidos na composição taxonómica por classe, das comunidades bacterianas desta água gasocarbónica, mostram uma distribuição em 8 classes (?̅ ≥ 2,83%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e 2018, com a prevalência da classe Betaproteobacteria (36,22%), apesar do decréscimo acentuado da sua representatividade na amostra F5 (6,54%), na qual a classe Clostridia é predominante (43,57%). A classe Epsilonproteobacteria tem maior expressão nas amostras colhidas no outono (F3-F7).

30CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

No que respeita à classificação ao nível de género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verificam-se diferenças significativas na composição destas comunidades bacterianas, no entanto este hidrogenoma é caracterizado pela presença dos géneros Sulfuricurvum (em todas as amostras), Dechloromonas (em F1 e F3-F7), Termodesulfovibrio (F5) e Geobacter (F1-F5 e F7). Nas amostras F1-F5 os géneros Dechloromonas, Thermodesulfovibrio, Sulfuricurvum e Geobacter têm presença maioritária, no entanto em F5 a percentagem de reads (sequências) sem classificação é muito elevada (42,99%). Por sua vez, nas amostras F3-F7 os géneros Sulfuricurvum e Dechloromonas apresentam maior representatividade.  

30GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sulfuricurvum kujiense, Dechloromonas aromatica e Uliginosibacterium gangwonense. Destes microrganismos identificados Dechloromonas aromatica  pode ter aplicabilidade em processos de biorremediação (Kennan Kellaris Salinero, et al., 2008).

30DIVERSIDADE

A diversidade das comunidades bacterianas é maior nas amostras F1 e F3 do ano hidrológico de 2017. Os valores de OTUs que caracterizam esta água gasocarbónica, variam de 141 a 288, entre as amostras F7 e F3 colhidas no outono, indicando menor riqueza específica na última amostra colhida (F7). Este decréscimo deve-se à diminuição da representatividade das classes Betaproteobacteria e Epsilonproteobacteria na amostra F7, relativamente a F3. Contrariamente às amostras do outono, entre F1-F5 (primavera), verifica-se um aumento da riqueza específica, justificado pela maior representação das classes Epsilonproteobacteria e Clostridia em F5.

 

30VIAVEIS

 

 

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