Águas de Vilarelho

HM-48 - Águas de Vilarelho

Termalismo e Engarrafamento

CONCESSÃO

Águas de Vilarelho

MORADA:
Praça Camões, 5400-150 Chaves

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Vila Real
Concelho - Chaves

ÁREA DA CONCESSÃO:
50,86 ha

DATA DO CONTRATO:
11-10-2019

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Por fixar

Concessionário

Câmara Municipal de Chaves

Captação

ACP1-F3

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Termalismo e Engarrafamento

TIPO DE ÁGUA ENGARRAFADA:
Mineral natural gasocarbónica

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Gasocarbónica
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Composição Secundária
Fluoretada
Mineralização
Hipersalina
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - ‒
Mineralização Total - 2275 mg/L
pH - 6,7
Temperatura - 16,3 ⁰C
Condutividade Elétrica - 2100 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 6,7
Temperatura emerg. - 16,3 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica Série dos granitos hercínicos de duas micas, sin-orogénicos.

48MAPA

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:

A área da concessão é ocupada essencialmente por rochas graníticas hercínicas sin-orogénicas, representadas por granito de duas micas de grão médio a grosseiro, cobertas por depósitos aluvionares e de terraços fluviais. Aflora ainda uma pequena mancha de rochas sedimentares do Complexo Parautóctone de idade silúrica, aqui representado por alternâncias de pelitos, xistos negros, grauvaques e liditos.

TECTÓNICA:

Em termos estruturais destaca-se a falha de Vilarelho da Raia de direção aproximada NNE-SSW que faz parte do grande sistema de falhas de Penacova-Régua-Verin, que se estende por mais de 200km entre as povoações de Verin em Espanha e Penacova no centro de Portugal.

Localmente, identificam-se várias famílias de fraturas com as seguintes direções preferenciais: NNE-SSW a NE-SW; E-W a WNW-ESE pontualmente com preenchimento de rochas básicas; NNW-SSE e ENE-WSW.

 CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

48CARTA

Adaptada da folha 2D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50 000, LNEG-1969 e da folha 2 da Carta Geológica de Portugal à escala  1:200 000, LNEG-2000

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Suportado por granito de grão médio a grosseiro intensamente fraturado, com circulação profunda e permeabilidade fissural descontínua, variável conforme o grau de fraturação local do granito. Apresenta fluxo subvertical dominante. Faz parte de uma grande província hidromineral de águas gasocarbónicas, cuja circulação é controlada estruturalmente pela mega estrutura de Penacova-Régua-Verin, que se considera ter atividade recente.

 

UNIDADES AQUÍFERAS:

Para além do sistema aquífero hidromineral profundo, ocorrem outros sistemas aquíferos mais superficiais, relacionados, quer com as zonas de alteração superficial do maciço granítico, quer com depósitos aluvionares e de terraços fluviais que cobrem o maciço granítico.

 

MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

O recurso hidromineral de Vilarelho da Raia tem origem nas águas meteóricas que se infiltram na serra do Larouco localizada a NW da área da concessão. As condições tectónicas locais controlam a circulação regional destas águas, a qual ocorre a baixa profundidade, sendo a água mineralizada pela interação água-rocha-gás carbónico que terá origem na zona superior do manto terrestre. As estruturas locais, nomeadamente a falha de Vilarelho da Raia, criam as condições necessárias para a sua ascensão.

 

Estudo do Microbismo Natural

Assinatura Hidrobiómica* (espécies exclusivas)

F5: Flavobacterium omnivorum

F7: Flavobacterium algicola

*hidrogenoma consolidado 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Betaproteobacteria e Gammaproteobacteria.

A composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água mineral natural, indica uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 3,04%) ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, das quais Betaproteobacteria (23,16%) tem presença maioritária, seguida por Gammaproteobacteria (15,12%). Estas duas classes predominam na amostra F5. Verifica-se uma percentagem de reads (sequências) sem classificação elevada, no conjunto das três amostras analisadas (18,57%).

48CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

No que respeita à classificação ao nível de género, comparando as amostras F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se também uma percentagem de reads sem classificação elevada, principalmente nas amostras F3 e F7. Os géneros que caracterizam este hidrogenoma são Crenothrix, Nitrosovibrio, Bifidobacterium e Sterolibacterium, presentes nas amostras F5 e F7 colhidas no ano hidrológico de 2018, tal como Methylosinus (na amostra F7), Desulfosarcina e Thermodesulfovibrio (ambos presentes na amostra F3). 

48GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Desulfosarcina ovata, Uliginosibacterium gangwonense, Thermodesulfovibrio aggregans, Desulfovibrio psychrotolerans, Bifidobacterium bombi e Crenothrix polyspora. Destes microrganismos identificados Crenothrix polyspora, por exemplo, é uma bactéria oxidante de metano que pode desempenhar um papel importante na remoção ambiental deste gás (Kirsten Oswald, et al., 2017).

48DIVERSIDADE

A diversidade das comunidades bacterianas é maior nas amostras F3 e F7, colhidas na época do outono. Os valores de OTUs totais que caracterizam esta água mineral natural variam de 304 a 408, entre as amostras F7 e F3. A diminuição da riqueza específica na última amostra colhida (F7), pode ser devido à menor representatividade dos géneros Thermodesulfovibrio e Desulfosarcina.

 

48VIAVEIS

 

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