Águas de Tarouca

HM-74 - Águas de Tarouca

Engarrafamento

CONCESSÃO

Águas de Tarouca

MORADA:
Rua General Humberto Delgado, 425 - 1º esq., 3030-327 Coimbra

LOCALIZAÇÃO:
Distrito - Viseu
Concelho - Tarouca

ÁREA DA CONCESSÃO:
75,70 ha

DATA DO CONTRATO:
24-02-2017

PERÍMETRO DE PROTEÇÃO:
Publicitado
Aviso n.º 18382/2019, DR n.º 221, Série II, de 18-11-2019.

Concessionário

WR - Water Resources, Lda.

Captação

F5

Tipo

furo

SETOR DE ATIVIDADE

Engarrafamento

CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

Tipo de Água
Hipossalina
Composição Principal
Bicarbonatada Sódica
Mineralização
Hipossalina
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS:
Data da analíse físico-química completa - 09/07/2014
Mineralização Total - 36 mg/L
pH - 6,1
Temperatura - 10,6 ⁰C
Condutividade Elétrica - 31 µS/cm
PROJETO HIDROGENOMA:
pH - 6,1
Temperatura emerg. - 10,6 ⁰C

GEOLOGIA

Localização

Zona Centro-Ibérica - Série dos granitos hercínicos de duas micas, sin-orogénicos.

mapa74

Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010

UNIDADES GEOLÓGICAS:
  • Granito - granito sin-orogénico, de duas micas, porfiróide de grão grosseiro a médio.
  • Complexo Xisto-Grauváquico - complexo de xistos e metagrauvaques, com idade compreendida entre o Neoproterozóico e o Câmbrico.
  • Filões de quartzo.
TECTÓNICA:

O sistema de falhas tem orientações preferenciais NNE-SSW e NW-SE. Os efeitos dos episódios compressivos da orogenia alpina originaram um relevo vigoroso, constituído por um mosaico de blocos, com desníveis acentuados e depressões profundas, ocupadas pela rede hidrográfica que se dispõe segundo estas direções estruturais. O maciço granítico encontra-se intensamente diaclasado, com fraturas de orientações muito variáveis e inclinação vertical a subvertical. Estes fatores tectónicos são favoráveis à existência de água de circulação subterrânea e de extensas zonas de recarga.

CARTA GEOLÓGICA DA CONCESSÃO

CARTA74

Adaptada da folha 14ª da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1968

HIDROGEOLOGIA

SISTEMA AQUÍFERO:

Granítico, fissurado, com permeabilidade e produtividade muito variáveis e dependentes do grau de fraturação do granito, confinado.

UNIDADES AQUÍFERAS:
  • Sistema aquífero de águas não minerais - constituído pela camada superficial de alteração da unidade granítica, em geral de baixa permeabilidade.
  • Sistema aquífero hidromineral - constituído pela unidade granítica com permeabilidade variável dependente do grau de fraturação resultante da tectónica local.
MODELO CONCEPTUAL DO SISTEMA AQUÍFERO:

A fraturação desempenha um papel importante e condicionante na recarga, que se faz a partir das águas da chuva (cerca de 220m anuais) que se infiltram nos relevos mais elevados a W, cuja altitude máxima atinge os 1380m. Da interação água-rocha no percurso subterrâneo, mais ou menos profundo, resulta a mineralização que caracteriza esta água. As falhas profundas, os filões de quartzo e as unidades mais xistentas do Complexo Xisto-Grauváquico que contacta a E com o maciço granítico, servirão de barreira hidráulica, dando origem ao aquífero confinado e permitindo, por outro lado, a ascensão da água mineral natural.

MODELO74

 

Estudo do Microbismo Natural

Assinatura Hidrobiómica (espécies exclusivas)

F1,F3: Mycobacterium kubicae

F7: Acinetobacter guillouiae

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR CLASSE ---

Classes representativas: Betaproteobacteria e Alphaproteobacteria.

Os valores da composição taxonómica por classe das comunidades bacterianas desta água hipossalina, indicam uma distribuição em 7 classes (?̅ ≥ 2,60%), ao longo dos anos hidrológicos de 2017 e de 2018, entre as quais Betaproteobacteria (29,11%) e Alphaproteobacteria (14,02%) são predominantes. A classe Deltaproteobacteria não tem presença na última amostra (F7) e Sphingobacteriia não tem expressão nas amostras F1 e F3.

74CLASSE

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR GÉNERO ---

A classificação ao nível de género, por comparação das amostras F1-F5 e F3-F7, demonstra uma percentagem de reads (sequências) sem classificação elevada em todas as amostras. Ressalta também a grande variabilidade de géneros sem dominância entre as amostras, apontando para a baixa seletividade destas comunidades bacterianas, presentes nesta água hipossalina. No entanto, identificam-se vários géneros em mais do que uma amostra, nomeadamente Mycobacterium (em F1 e F3), Azospirillum (em F1, F3 e F7), Moorella (em F1, F3 e F7) e Oxalobacter, Janthinobacterium, Polaromonas (em F5 e F7).

74GENERO

 

--- COMUNIDADES BACTERIANAS POR ESPÉCIE ---

As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sphingomonas panni, Oxalobacter vibrioformis, Janthinobacterium agaricidamnosum, Chondromyces pediculatus, Mycobacterium pinnipedii, Limnobacter litoralis, Pectinatus cerevisiiphilus, Rhodothermus clarus e Nisaea nitritireducens. Destes microrganismos identificados Chondromyces pediculatus pode produzir metabolitos com ação antifúngica (Brigitte Kunge, et al., 2008).

74DIVERSIDADE

A diversidade das comunidades bacterianas é bastante elevada em todas as amostras, sendo F1 a que apresenta maior diversidade e riqueza específica. Os valores de OTUs que caracterizam esta água mineral natural variam de 401 a 828, entre a primeira (F1) e última (F7) amostras, sendo visível uma redução da riqueza específica ao longo do tempo.

 

74VIAVEIS

 

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